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Lula acusa Eduardo Bolsonaro de trair o Brasil e cobra ação da Câmara

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, afirmou nesta sexta-feira (25) que o ex-presidente americano Donald Trump estaria sendo julgado pelo Supremo Tribunal da mesma forma que o ex-presidente Jair Bolsonaro se as invasões do Capitólio tivessem ocorrido no Brasil.
O presidente também declarou que Trump foi enganado para acreditar que Bolsonaro está sendo injustamente perseguido por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e pediu que a Câmara tome medidas contra o deputado federal licenciado, que está nos Estados Unidos.
“Há políticos no Brasil que usaram a bandeira nacional e a camisa da seleção dizendo ser patriotas. Esses mesmos agora estão pedindo intervenção dos EUA no Brasil, algo que mostra total falta de patriotismo, além de desonestidade e traição”, disse Lula.
O pronunciamento foi feito durante o anúncio dos investimentos do Novo PAC para a urbanização de favelas, no Jardim Rochdale, Osasco (SP). O programa reintroduz uma iniciativa dos primeiros mandatos de Lula, agora com foco nas periferias.
“É lamentável que haja pessoas sem caráter e vergonha na cara. Se Trump tivesse me ligado, eu explicaria a situação do ex-presidente. Ele foi enganado ao pensar que Bolsonaro está sendo perseguido, mas o julgamento está sendo justo com direito à defesa. Bolsonaro tentou um golpe e planejou atos criminosos contra mim, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Se tivesse agido como no Capitólio, estaria sendo julgado também”, afirmou o presidente.
O governo esteve representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e pelos ministros Jader Filho (MDB), de Cidades, Márcio França (PSB), de Empreendedorismo, e Rui Costa (PT), da Casa Civil, além do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
Indiretamente criticando o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula afirmou que o Brasil negocia com os EUA para reverter o “tarifaço”. Ele destacou que criou um comitê liderado por Alckmin, seu principal negociador nessa questão.
Urbanização das favelas
O governo planeja destinar R$ 4,7 bilhões para urbanizar 49 comunidades periféricas em todo o país. O Jardim Rochdale terá uma segunda fase de obras, com a construção ou reforma de 485 moradias até o fim do ano. Outras favelas em Osasco também serão beneficiadas.
Os projetos, financiados pela Caixa, incluem praças, equipamentos públicos, drenagem, canalização, contenção de encostas, pavimentação, entrega de títulos fundiários e aluguel social para quem precise sair da área.
Para o ministro das Cidades, Jader Filho, essas melhorias promovem dignidade e condições de moradia adequadas para muitas pessoas que vivem em situações precárias.
Quase metade dos recursos irá para São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas foi convidado para o evento, mas preferiu cumprir agendas na cidade de Boituva, onde participou de entregas de moradias populares e inauguração de uma escola técnica. O prefeito local, aliado de Tarcísio, foi vaiado em sua fala.
O público presente incluía militantes do PT e moradores beneficiados, com manifestações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Nas ruas próximas, alguns criticaram a estrutura do evento, que dificultava o acesso à principal via do bairro.
Outros membros do governo aproveitaram para criticar o mandato anterior e fazer discursos com tom eleitoral. Rui Costa referiu-se ao governo anterior como um período difícil para o país.
“O povo brasileiro hoje clama que Lula defenda o Brasil contra falsos patriotas que traem o país e seus interesses”, declarou.
Alckmin também falou sobre a crise do “tarifaço” e reforçou que o governo trabalha a favor do povo e da economia nacional.

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