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Polícia confirma restos mortais encontrados em lago são de Nicolly

A Polícia Civil localizou, na quinta-feira (24/7), os restos mortais da adolescente Nicolly Fernanda Pogere, de 15 anos, que foi assassinada e esquartejada no dia 18 de julho. As partes do corpo foram achadas dentro de dois sacos plásticos pretos, junto a um sofá residencial, em uma lagoa na cidade de Hortolândia, interior do estado de São Paulo.
Este é o mesmo local onde o corpo da jovem foi inicialmente encontrado no dia 18.
Os restos foram descobertos por uma equipe de serviços urbanos da Prefeitura de Hortolândia durante trabalhos de manutenção preventiva próximos à lagoa. Estes funcionários acionaram a polícia, que solicitou a presença do Instituto de Criminalística de Americana para perícia.
Os peritos confirmaram que os braços de Nicolly estavam em um saco, enquanto as pernas estavam em outro, todos em estado avançado de decomposição. Além disso, os pés da vítima calçavam um par de tênis da marca All Star, na cor preta e tamanho 35, semelhante ao que usava quando desapareceu. Esse detalhe permitiu que os familiares a identificassem de forma preliminar.
A polícia requisitou um exame necroscópico no Instituto Médico Legal (IML) de Americana para confirmação. A remoção dos restos mortais foi realizada pela Funerária Alves, que encaminhou o material ao IML.
Simultaneamente, foi realizada uma perícia na residência do ex-namorado de Nicolly, preso no domingo (20/7) e apontado juntamente com sua atual namorada como principal suspeito do crime. Com o uso de luminol, substância que detecta vestígios de sangue, foram encontrados sinais de sangue em vários pontos da casa.
Na residência também foram apreendidos possíveis instrumentos usados no crime, incluindo duas facas de cozinha e uma marreta. Todos passarão por análise pericial.
O casal suspeito foi detido na tarde de domingo em Cornélio Procópio, no Paraná, e teria sido ajudado pela avó do jovem para fugir após o crime. Dois celulares foram apreendidos para investigação.
Conforme a polícia, o crime teria motivações passionais. Os acusados alegaram legítima defesa contra agressões da vítima, porém suas versões não condizem, segundo o delegado responsável, José Regino. Eles relataram que atacaram Nicolly com facadas e depois esquartejaram o corpo para ocultar o crime.
Os suspeitos disseram que a jovem teria reagido ao vê-los juntos, não aceitando o fim do relacionamento, o que teria motivado a agressão dela contra o casal, culminando na fatalidade.
Nicolly Fernanda residia em Mococa, interior paulista, e estava em Hortolândia para férias na casa do avô. No dia 4 de julho, informou que iria à casa do namorado, no Jardim Amanda, localidade dessa cidade. Esta foi a última vez em que a família a viu viva.
Seu desaparecimento foi registrado em boletim de ocorrência no dia 16 de julho pelo avô na delegacia local. O ex-namorado declarou que já havia terminado o relacionamento uma semana antes e não sabia onde ela estava.
Durante a coletiva, o pai de Nicolly, Vinícius Marcelus, disse ter reconhecido o corpo pelo colar preto que a filha usava. O rosto da jovem apresentava várias marcas, com inchaço na face provavelmente causado por um golpe.
Na lona em que o corpo foi encontrado, a polícia identificou pedras usadas para manter o cadáver submerso, indicando uma tentativa de ocultação.
O corpo da adolescente foi sepultado no domingo (20/7) no Cemitério de Mococa.
Em investigação, foram ainda encontradas iniciais da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nas costas de Nicolly. O delegado José Regino afirmou que essa marcação parece ser uma tentativa deliberada de disfarçar a verdadeira motivação, que é considerada um crime passional.

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