Gaza registra 28 mortes em ataques militares israelenses nesta sexta

Defesa Civil de Gaza comunicou que 28 pessoas perderam a vida nesta sexta-feira em decorrência de recentes ataques militares promovidos por Israel na região palestina de Gaza.

Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil, relatou em entrevista à AFP que cinco palestinos foram mortos durante um ataque no bairro de al-Rimal, na cidade de Gaza, próximo à escola al-Qahira, que está sendo usada como abrigo para deslocados pelo conflito.

Outro ataque aéreo atingiu uma grande tenda destinada a deslocados no mercado de Al Yarmuk, no centro da cidade, matando outras cinco pessoas, conforme informado pela organização de primeiros socorros local.

O exército israelense declarou ter realizado uma operação na noite anterior visando um suposto líder do grupo Jihad Islâmica, aliado ao Hamas.

Outros óbitos ocorreram em eventos independentes nas regiões norte, central e sul da Faixa de Gaza, informou a Defesa Civil.

Segundo a fonte, pelo menos oito pessoas foram mortas enquanto esperavam por ajuda humanitária em diversas localidades do território palestino.

Mahmoud Bassal destacou o caso de um homem que foi fatalmente atingido por disparos israelenses próximo ao centro de assistência americano em Al-Shakosh, no noroeste de Rafah.

Raed Ashour, presente entre os enlutados no Hospital Nasser de Khan Yunis, declarou à AFP: “Estamos enfrentando extrema fome, o que leva muitos jovens a buscar o que chamam de ajuda humanitária, mas que na verdade é uma armadilha”.

O exército israelense não comentou imediatamente as informações apresentadas pela Defesa Civil.

As restrições impostas à imprensa por Israel, que mantém um bloqueio à Faixa de Gaza desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, e o difícil acesso a muitas regiões dificultam a verificação independente dos fatos pela AFP.

O atual conflito teve início após um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, com mais de mil vítimas civis israelenses, segundo levantamento da AFP com base em dados oficiais.

Em resposta, Israel prometeu eliminar o Hamas, que governa Gaza desde 2007. A campanha militar israelense na região causou a morte de quase 60 mil palestinos, majoritariamente civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, número considerado confiável pela ONU.