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Michelle assume viagens e compromissos de Bolsonaro após limitações ao ex-presidente

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Jair Bolsonaro, ex-deputado federal, costumava dizer “Vou casar com você” sempre que encontrava Michelle de Paula nos corredores da Câmara dos Deputados, onde ela trabalhava como secretária parlamentar.

Esse flerte persistente resultou em um convite para jantar e, em seis meses, estavam casados. Após duas décadas, a ex-primeira-dama se tornou figura central no cenário político de Bolsonaro, especialmente devido às restrições judiciais que limitam sua atuação.

Com a proibição judicial de sair de Brasília determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, Michelle ganhou destaque ao intensificar o contato com lideranças políticas e grupos religiosos e conservadores, assumindo discursos e viagens em nome do ex-presidente.

Por exemplo, enquanto Bolsonaro permaneceu em casa na última sexta-feira para cumprir as ordens judiciais, Michelle visitou a Paraíba, demonstrando sua crescente influência.

“Sob a liderança do presidente Bolsonaro, que está com sua atuação limitada, seguiremos Michelle Bolsonaro, uma pessoa extraordinária”, afirmou o ex-ministro Marcelo Queiroga, presidente estadual do PL.

Desde as proibições de Bolsonaro, Michelle passou a realizar viagens anteriormente previstas para ele, além de intensificar publicações nas redes sociais, aumentando significativamente seu engajamento e seguidores.

Além do destaque público, Michelle também reforçou a segurança policial ao redor do ex-presidente, contando com a presença constante de seu irmão adotivo, Eduardo Torres, para estar próximo e confiável.

Nos bastidores, a ex-primeira-dama adota um discurso de esperança e fé, referindo-se a si mesma como uma voz profética, declarando que a luta é contra o sistema e que foi escolhida por Deus para este momento.

Nas eleições de 2018, Michelle teve uma atuação discreta, focando em temas como inclusão e doenças raras, e no governo participava principalmente de eventos religiosos e formais. Sua mudança de postura se destacou em julho de 2022, quando discursou na convenção do PL no Rio, empolgando seus apoiadores.

A derrota de Bolsonaro em 2022 impulsionou o capital político de Michelle. Como presidente do PL Mulher, percorreu diversas regiões, ampliando o apoio especialmente entre candidatas evangélicas, além de estreitar relações com líderes gospel e influenciadoras cristãs.

Em reunião recente com Valdemar Costa Neto, líder do PL, ficou evidente sua ascensão dentro do partido. O próprio Bolsonaro declarou confiança na esposa, ressaltando sua seriedade e confiabilidade.

Apesar de consolidar apoio no partido, Michelle enfrenta resistências familiares, especialmente com dois filhos do ex-presidente — Carlos Bolsonaro e Jair Renan, cujas relações foram tensas no passado, mas têm melhorado nos últimos meses.

O pastor Silas Malafaia, aliado histórico, expressa ceticismo sobre uma única pessoa representar tão totalmente Bolsonaro.

Para membros do PL, Michelle hoje conecta dois importantes segmentos do bolsonarismo: o público evangélico e as mulheres conservadoras. Nos bastidores, cresce a ideia de que, se Bolsonaro permanecer inelegível, Michelle possa compor uma chapa significativa em 2026.

Conforme o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, apesar da singularidade de Bolsonaro, as circunstâncias favorecem a possibilidade de Michelle ocupar uma posição importante no futuro político.

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