Economia
CNI solicita respeito na relação Brasil-EUA e critica tarifa de 50% sobre produtos do Brasil

Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou-se publicamente nesta segunda-feira contra o que considera um aumento injustificado das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
A entidade destacou que não há razões econômicas ou comerciais para que o Brasil tenha sido retirado da alíquota mínima de 10% e elevado ao teto de 50% na taxação.
“Queremos acreditar que essa situação não seja resultado apenas de questões políticas ou geopolíticas, o que seria inaceitável tanto para as relações comerciais quanto para a sociedade brasileira e americana”, afirma a CNI em nota oficial.
O aumento das tarifas é consequência da aplicação da Seção 301 da legislação comercial americana, que autoriza sanções tarifárias em resposta a práticas apontadas como desleais. No entanto, a CNI defende que os Estados Unidos conduzam esse processo de maneira transparente e técnica, e já fez um pedido formal para que a decisão seja revista ou, pelo menos, adiada por 90 dias.
A entidade pede uma reflexão sobre possíveis equívocos de natureza política ou ideológica, propondo uma abordagem pragmática dos governos envolvidos. “Precisamos esclarecer os pontos que levam a posições políticas exageradas”, diz a nota.
A CNI também ressalta que o Brasil sempre manteve um relacionamento positivo no cenário internacional, e que eventuais divergências devem ser solucionadas com equilíbrio e diálogo, evitando medidas que prejudiquem o comércio bilateral.
“Confiamos que prevaleça o entendimento e o bom senso para resolver essa situação equivocada da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras”, conclui a CNI.

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