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Economia

Microcrédito AgroAmigo: apoio para agricultores do Brasil

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Você conhece o AgroAmigo? É uma iniciativa inovadora de microcrédito rural criada para beneficiar agricultores familiares, com o objetivo de aumentar a renda e melhorar as condições de vida e trabalho no campo. Inspirado no programa homônimo do Banco do Nordeste, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) lança uma nova linha de microcrédito AgroAmigo, oferecendo uma chance de valorização e inclusão produtiva para 100 mil famílias das regiões Norte e Centro-Oeste.

O AgroAmigo disponibilizará até R$1 bilhão para contratos de microcrédito rural, que poderão ser usados na aquisição de insumos e equipamentos, investimentos em infraestrutura, armazenamento e mecanização em pequenas propriedades. A Caixa Econômica Federal colaborará na operação dos recursos, oferecendo condições especiais: juros de 0,5% ao ano, prazos de até três anos para pagamento e bônus de adimplência de até 40%. A proposta é aproximar o Microcrédito do agricultor.

O Secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, explica os detalhes desse programa do governo federal.

O que motivou o lançamento do AgroAmigo?

O projeto nasceu de uma iniciativa do Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que, alinhado às diretrizes do Presidente Lula de reduzir desigualdades, incluir os mais pobres e combater a fome, direcionou esforços para os Fundos Constitucionais de Financiamento. Tradicionalmente focados em grandes projetos agrícolas, esses fundos passaram a contemplar o microcrédito para agricultores familiares.

Após diálogo com os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), implementou-se o projeto-piloto inspirado no Banco do Nordeste. Inicialmente, R$300 milhões foram alocados para as regiões Centro-Oeste e Norte, que ainda não tinham acesso a essa modalidade. Além do Banco do Brasil e Banco da Amazônia, a Caixa Econômica Federal também se juntou à iniciativa, que alcançou bons resultados, motivando o aumento do investimento para R$1 bilhão e a expansão nacional do AgroAmigo.

Quem pode solicitar o crédito?

O AgroAmigo é direcionado a agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Esse grupo inclui assentados, ribeirinhos, comunidades extrativistas, pescadores, indígenas e quilombolas, sendo destinado a famílias com renda bruta anual de até R$50 mil que desenvolvem atividades agrícolas para subsistência.

Quais os valores disponíveis?

O programa segmenta o crédito em três perfis: AgroAmigo – Jovem (18 a 29 anos), com limite até R$8 mil; AgroAmigo – Mulher, até R$15 mil; e AgroAmigo – Homem, até R$12 mil. O teto maior para mulheres visa reduzir desigualdades de gênero e fortalecer a inclusão, reconhecendo seu papel frequentemente como chefe de família e gestora financeira.

Para quais finalidades o crédito pode ser usado?

O AgroAmigo oferece crédito para investimento e para custeio. O investimento serve para melhorias na propriedade e no sistema produtivo, como a instalação de reservatórios, armazéns, sistemas de irrigação, fortalecimento de cultivos regionais, recuperação de pastagens, aquisição de matrizes e reprodutores, e implantação de pequenas agroindústrias que agreguem valor à produção familiar.

Já o custeio cobre despesas diárias da produção, como compra de sementes, adubo, ração, combustível, e pagamento de trabalhadores temporários para atividades como plantio, colheita e manejo dos animais. Dessa forma, o custeio assegura a continuidade da produção até o próximo ciclo.

Como funcionam as condições de pagamento?

O programa prioriza condições justas e acessíveis, pois muitos pequenos agricultores nunca tiveram acesso a serviços bancários. O AgroAmigo oferece juros anuais de apenas 0,5%, com prazo de até três anos para quitação. Além disso, há um bônus de adimplência de até 40%, que funciona como incentivo para pagamentos em dia. Por exemplo, um contrato de R$12 mil pode ser quitado por apenas R$7.200, estimulando a renovação do crédito.

Como o Governo Federal assegura o acesso às famílias mais necessitadas?

Garantir que o microcrédito chegue a quem realmente precisa é foco do programa. O governo credenciou instituições como o Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus) e a CACTVS, que realizam atendimentos itinerantes através de agentes ligados a cooperativas e sindicatos locais, que conhecem a realidade do campo.

Além disso, são organizados mutirões em parceria com estados e municípios, reunindo equipes da Caixa, Sebrae e entidades locais para orientar os agricultores sobre o AgroAmigo, recolher documentos necessários, como o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), e iniciar as propostas de crédito direto no local. Essa estratégia facilita o acesso ao crédito para pequenos produtores.

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