Lucro da Telefônica Brasil chega a R$ 1,344 bilhão no segundo trimestre

O lucro líquido da Telefônica Brasil, controladora da Vivo, apresentou crescimento de 10% no segundo trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 1,344 bilhão. Esse resultado positivo foi impulsionado pelo aumento da receita nos setores de telefonia móvel e fixa, bem como nos serviços de conectividade e dados para empresas.

Outro fator relevante foi a gestão eficiente dos custos, que contribuiu para a melhora das margens operacionais. Contudo, o balanço do trimestre refletiu o impacto negativo do incremento nas despesas financeiras e nas linhas de amortização e depreciação.

O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, cresceu 8,8% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 5,933 bilhões, enquanto a margem Ebitda registrou um aumento de 0,6 ponto percentual, chegando a 40,5%.

A receita operacional líquida da empresa subiu 7,1%, totalizando R$ 14,645 bilhões, com destaque para o segmento móvel, que registrou alta de 6,7%, e o segmento fixo, que avançou 8,0%. Os custos operacionais cresceram 5,9%, alcançando R$ 8,712 bilhões, influenciados pela inflação e maiores gastos comerciais.

O resultado financeiro apresentou uma despesa líquida de R$ 689 milhões, aumento de 96,1% na comparação anual, explicado em grande parte por uma base de comparação atípica no segundo trimestre de 2024, quando houve um benefício de R$ 330 milhões decorrente da reversão de provisões relacionadas a um programa de anistia estadual.

A depreciação e amortização tiveram avanço de 8,1%, chegando a R$ 3,689 bilhões, impactadas pela revisão das vidas úteis dos ativos e a depreciação acelerada de equipamentos antigos.

Os investimentos realizados no período somaram R$ 2,439 bilhões, aumento de 4,2% frente ao ano anterior, aplicados principalmente na expansão da rede 5G, que agora cobre 596 municípios. Esses investimentos corresponderam a 16,7% da receita líquida, ligeiramente abaixo dos 17,1% registrados um ano antes. O fluxo de caixa livre foi de R$ 2,979 bilhões, com redução de 3,5% na base anual.

A dívida líquida total da Telefônica Brasil ao final de junho foi de R$ 10,652 bilhões, representando uma diminuição de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Excluindo os arrendamentos, a dívida aumentou 66%, chegando a R$ 3,9 bilhões.