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MPSP investiga novos crimes no cartão do Corinthians

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ampliou a investigação sobre os gastos feitos com o cartão corporativo do Corinthians durante as gestões presidenciais de Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.
Inicialmente, o promotor Cassio Roberto Conserino iniciou um procedimento criminal para apurar possíveis crimes relacionados ao uso indevido do cartão, focando em dois períodos distintos entre 2020 e 2023.
Após analisar as despesas, o MPSP decidiu investigar possíveis casos de estelionato, furto qualificado, abuso de confiança, falsidade ideológica e associação criminosa.
O órgão pretende verificar se as compras do clube foram feitas com empresas legítimas ou com empresas fictícias, além de analisar se as transações realizaram prejuízos ao Sport Club Corinthians Paulista.
Estão marcados depoimentos virtuais via Teams dos senhores Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, Armando Mendonça, vice-presidente, e Osmar Stabile, presidente interino, agendados para a manhã de quarta-feira, 6 de agosto.
Mercado Fantasma
O MPSP verificou que entre 18 e 31 de outubro, o Corinthians realizou gastos de R$ 32.580 em um estabelecimento chamado “Oliveira Minimercado”. As despesas ocorreram em vários dias consecutivos num curto intervalo de tempo.
Ao pesquisar o endereço do local no Google Maps, não foi encontrado nenhum comércio existente, e a visita presencial da promotoria confirmou que não havia loja no local informado.
Consultas ao CNPJ da empresa indicaram que sua principal atividade era evento e buffet, o que levanta suspeitas de que se trataria de uma empresa de fachada usada para desviar recursos do clube.
Outros gastos suspeitos
A investigação também questiona despesas realizadas com outras três empresas diferentes. Em uma delas, voltada ao comércio atacadista de aparelhos eletrônicos, Duílio Monteiro Alves gastou cerca de R$ 3.000 em babyliss em outubro de 2023, divididos em um babyliss boost de R$ 920 e um kit babyliss Gold Collection por R$ 2.080.
Além disso, o cartão corporativo registrou gastos superiores a R$ 9.000 para manutenção de veículos e quase R$ 5.000 em bebidas, em locais distintos.
No total, foram computadas 176 compras, somando R$ 85.524,62. Entre esses gastos, há despesas com cervejas e remédios, incluindo um medicamento para disfunção erétil chamado tadalafila, conforme divulgado pelo GE.
O Ministério Público também investiga um pagamento de R$ 2.000 feito a Sidney Balbino dos Santos em 31 de outubro de 2023, registrado como pagamento por serviços temporários, sem maiores detalhes. Este senhor foi assessor parlamentar de Andrés Sanchez entre 2015 e 2017.
Além disso, o motorista de Duílio Monteiro Alves está sob investigação por ter autorizado as movimentações financeiras, assinando documentos relacionados.

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