Ibirapuera: Aposentada sofre agressão de corredor e quebra bacia e braço

Mary Alencar Lopes, farmacêutica bioquímica aposentada de 67 anos, viajou de Recife (PE) para São Paulo em julho para realizar exames com um especialista em urologia. No entanto, no Parque Ibirapuera, zona sul da cidade, onde buscava cuidar da saúde, Mary sofreu graves ferimentos após ser empurrada propositalmente por um corredor amador.

Ela e a filha, a médica Raquel Alencar, estavam fazendo uma caminhada perto do portão de acesso 7 quando um homem fortemente físico correu em sua direção em alta velocidade e a empurrou com o cotovelo. O impacto foi comparado por ela a uma batida de carro, provocando uma queda dolorosa, seguida de uma risada debochada do agressor, que fugiu do local.

Funcionários da Urbia Parques, responsável pelo parque, levaram Mary até a enfermaria em um carrinho elétrico, onde ela recebeu atendimento inicial, mas sem a presença de um médico. Libertada do local, precisou caminhar com dor intensa até sair do parque e chamar um carro de aplicativo.

Devido ao incidente, Mary não conseguiu realizar os exames previstos e retornou a Recife em cadeira de rodas. Exames feitos posteriormente revelaram duas fraturas no braço direito e uma fissura na bacia. Ela precisa de repouso e fisioterapia e atualmente depende de ajuda para tarefas cotidianas como se levantar e se alimentar.

Além do caso de Mary, outras agressões foram relatadas no Ibirapuera, principalmente contra mulheres, por atletas amadores agressivos que não prestam socorro às vítimas e ainda permanecem não identificados. Episódios incluem desde empurrões a agressões físicas que também resultaram em ferimentos graves em outros frequentadores do parque.

A Urbia Parques repudiou a violência e afirmou que o atendimento à vítima foi realizado por um enfermeiro que constatou dores sem ferimentos graves, liberando-a após medicação e por estar acompanhada da filha, sem indicar medidas específicas para prevenir futuros incidentes.