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Alunos da Etec em São Paulo enfrentam três meses sem energia elétrica

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Há quase três meses, mais de 800 estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Santa Ifigênia, situada no centro de São Paulo, estão impedidos de frequentar aulas presenciais devido a problemas na rede elétrica da instituição. O contratempos teve início em 12 de maio e permanece sem solução até esta terça-feira (5/8).

Preocupados com a situação, pais e alunos organizaram uma manifestação em frente à Etec para a sexta-feira (8/8). Conforme informou o Centro Paula Souza (CPS), responsável pela gestão da Etec, a energia deverá ser restabelecida na quinta-feira (7/8), data também prevista para o retorno das aulas presenciais.

Em entrevista ao Metrópoles, Júlia Moreira, 15 anos, aluna do curso de nutrição e integrante do grêmio estudantil, expressou ceticismo em relação ao retorno das atividades.

“Como houve atrasos anteriores e promessas não cumpridas, nenhum pai ou estudante confia totalmente que as aulas voltarão. É estranho, pois até ontem não havia energia, e de repente está prevista para o dia 7”, questionou Júlia.

Inicialmente, o retorno estava programado para segunda-feira (4/8), porém a nova data só foi comunicada aos pais e alunos na sexta-feira (1º/8). Segundo o Centro Paula Souza, o atraso se deve à demora na entrega de peças essenciais para a conclusão do conserto elétrico.

Luciana de Almeida, 52 anos, mãe de uma aluna do curso de eventos, destacou a decepção com a falta de transparência da escola quanto aos motivos da ausência de energia e a ausência de uma data definitiva para o retorno das aulas.

Em nota, o Centro Paula Souza esclareceu que as aulas presenciais só serão retomadas após o reparo no shaft do sistema elétrico, que foi danificado pela água durante uma forte chuva. Após a reintegração, os professores farão um acompanhamento para assegurar que os alunos não sofram prejuízos no aprendizado.

O Centro Paula Souza pediu desculpas aos estudantes pelos transtornos e explicou que o atraso foi causado pela demora na chegada de equipamentos importados necessários para a reforma do sistema elétrico.

Júlia Moreira acredita que seu grupo e demais alunos foram bastante afetados pela falta das aulas presenciais. Para ela, o ensino remoto não substitui as aulas presenciais.

“Acabamos não compreendendo bem o conteúdo e nos perdemos nos estudos. Além disso, desde que a escola fechou, as aulas práticas foram suspensas”, afirmou.

Alguns alunos enfrentam dificuldades por não terem acesso a uma boa conexão de internet ou dispositivos adequados para acompanhar as aulas online, o que compromete o aprendizado. Segundo a estudante de nutrição, a Etec planeja realizar uma avaliação para acompanhar o desempenho dos alunos.

“Eu sinto que haverá consequências. Porém, acredito que se a Etec oferecer um plano de recuperação efetivo que não sobrecarregue os estudantes, ainda é possível recuperar o tempo perdido. Não se pode fingir que está tudo normal, pois não está. Muitos ficaram para trás e precisam de real apoio agora”, explicou Júlia.

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