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Governador Agnelo deixa o debate após direito de resposta a Arruda

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O primeiro debate entre os cinco principais candidatos ao Governo do Distrito Federal, nesta quarta-feira (30/7), foi marcado pelo embate particular entre Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda. Desde os momentos iniciais do encontro, os dois se alfinetaram. O duelo culminou com Agnelo deixando o palco antes do término do debate, depois que o ex-governador recebeu direito de resposta durante as considerações finais.

O auditório da Associação Comercial do DF ficou lotado para o encontro dos concorrentes ao Executivo local. Na bancada dos postulantes ao Buriti, Agnelo (PT) estava ao lado de Arruda (PR). Na sequência, se posicionaram Toninho do PSol, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Luiz Pitiman (PSDB). Apenas a candidatata Perci Marrara (PCO) não participou do debate.

No primeiro bloco, Agnelo e Arruda se alfinetaram ao falar sobre desenvolvimento econômico. O ex-governador disse que “Brasília parou”. E prosseguiu: “No meu governo, se algum empresário ficasse suando pra conseguir alvará, eu demitia o responsável. Tinha comando”. Agnelo rebateu: “A burocracia vem de governos anteriores”.

No segundo bloco do debate, os candidatos falaram sobre educação. Todos elegeram as escolas de tempo integral como prioridade. Os adversários de Agnelo criticaram o atual governo. Pitiman aproveitou para citar seu candidato a presidente, Aécio Neves. Rollemberg também falou sobre as realizações do presidenciável Eduardo Campos. Alvo dos demais concorrentes, Agnelo se defendeu, dizendo que seu governo fez muito. “Todos sabem como peguei o DF: na lama”, rebateu o atual governador, subindo o tom.

O terceiro tema foi esporte. Agnelo, Arruda, Toninho, Rollemberg e Pitiman concordam com a necessidade de investimentos no setor. As vilas olímpicas foram destacadas como áreas a receberem atenção. Os adversários de Agnelo criticaram os investimentos no Estádio Nacional Mané Garrincha. O governador se defendeu, afirmando que deixa um legado para a cidade. Arruda disse que daria para fazer 10 hospitais regionais com o dinheiro do sobrepreço.

O quarto bloco teve como tema a mobilidade urbana. Os candidatos defenderam investimentos em transporte coletivo, metrô, ferrovias e ciclovias. O governo atual novamente foi criticado pelos adversários, principalmente Arruda, e defendido por Agnelo, que destacou suas realizações.

A segurança pública foi discutida pelos candidatos ao Buriti no quinto bloco. Quatro dos concorrentes disseram que é necessário resgatar Brasília da situação de insegurança em que se encontra. Foram feitas promessas de reestruturação de carreiras do setor e de policiamento inteligente. Agnelo, na defensiva, falou que investiu em melhorias na estrutura e nas carreiras das polícias.

A saúde entrou em cena no sexto bloco do primeiro debate entre os candidatos ao Buriti. O tema foi incluído após pedido dos concorrentes ao Buriti, já que estava fora dos sete assuntos definidos previamente. Novamente, Agnelo Queiroz foi o alvo dos ataques. Arruda disse que, se eleito, vai “botar os médicos cubanos pra correr”.

Pitiman criticou o programa de governo Carreta da Mulher, de atendimento itinerante. “Mulher não quer carreta. Quer hospital”, disse. A primeira-dama do DF, Ilza Queiroz, rebatou, da plateia, falando para quem estava ao seu lado: “Ele não sabe como o programa faz sucesso”.

O último bloco foi dedicado a perguntas livres entre os candidatos ao GDF. Quem se tornou o alvo, dessa vez, foi Arruda. Seus adversários insistiram no tema da Ficha Limpa, lembrando que ele tem condenação de segunda instância. Arruda disse que quer ser julgado pelas urnas e atacou a legislação. “É uma leizinha para pegar esse ou aquele”.

Durante as considerações finais, cada concorrente tentou vender o seu peixe. O primeiro a falar foi Rollemberg. Ele disse que chegou a hora de a geração Brasilia governar o DF. Em seguida, Arruda atacou Agnelo, afirmando que o atual governador tem ligação com Carlinhos Cachoeira. Toninho prometeu um governo sério e afirmou que lugar de corrupto é na cadeia. Agnelo agradeceu a presidente Dilma Rousseff por ter investido em Brasília. Disse que pegou a cidade na lama e fez muito, mas quer fazer muito mais. Virou para Arruda e afirmou que o adversário não deveria faltar com a verdade. Arruda pediu direito de resposta e a coordenação do debate consentiu. Irritado, Agnelo deixou o palco. “Direito de resposta porque olhei pra ele. Absurdo”, disse o atual governador.

 Fonte: Correio Web

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