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Barulho e transtornos: reclamações dos vizinhos de Bolsonaro no condomínio

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Os residentes do condomínio onde Jair Bolsonaro mora, em Brasília, expressaram incômodo com a agitação e os problemas provocados pela presença dos apoiadores do ex-presidente na área. As denúncias foram registradas em um grupo de WhatsApp chamado “Assuntos Gerais Solar BSB”.

Os moradores também manifestaram apreensão quanto à possibilidade de acampamentos próximos ao lugar onde o ex-mandatário cumpre prisão domiciliar desde a última segunda-feira.

As mensagens foram divulgadas pelo jornal O Tempo. Em uma conversa, alguns participantes relataram dificuldades para entrar no condomínio: “Está um caos aqui fora!! Quero chegar em casa. Buzinaço, polícia, cornetas, um verdadeiro inferno”, relatou um deles. Logo após, outra pessoa respondeu: “Só quero chegar em casa. O trânsito está parado.”

Outros membros do grupo demonstraram medo de que acampamentos sejam instalados na entrada do condomínio. Segundo um morador, se isso ocorrer, os residentes estarão em grande dificuldade e o acesso será comprometido.

Em consequência das queixas, o síndico enviou um comunicado informando que as conversas do grupo devem focar no cotidiano do condomínio, trocar informações sobre regularizações e tratar de problemas locais, mantendo o respeito entre vizinhos. Assuntos como anúncios, propagandas, ofensas e debates políticos não são permitidos. Em tom de ironia, um morador questionou se temas como esse poderiam ser classificados como “problemas enfrentados na sua quadra com animais.”

O condomínio está localizado na região do Jardim Botânico, área nobre de Brasília composta por condomínios horizontais. A residência do Bolsonaro, situada no Solar de Brasília, é alugada e paga pelo PL, partido do qual ele é presidente de honra. O imóvel fica a cerca de 10 km do Congresso Nacional, percurso feito em cerca de 20 minutos de carro, dependendo do trânsito.

Por que Bolsonaro está em prisão domiciliar?

A prisão domiciliar do ex-presidente foi decretada recentemente pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, devido ao “reiterado desrespeito às medidas cautelares”.

Moraes afirmou que Bolsonaro desconsiderou as decisões da Corte, justificando a prisão com base na participação por telefone do ex-presidente em um protesto contra o STF e em apoio à anistia, que reuniu seus apoiadores em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último domingo.

O vídeo com a participação foi publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas removido poucas horas depois. No registro, Bolsonaro cumprimentava os presentes e afirmou que a manifestação era “pela nossa liberdade, pelo nosso futuro e pelo Brasil.”

Para membros do Supremo, apesar da exclusão do vídeo, a atitude pode ser considerada uma violação das restrições impostas ao ex-presidente.

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