Hamas denuncia plano israelense em Gaza como crime de guerra

O grupo político e militar palestino Hamas declarou nesta sexta-feira (8) que o projeto de Israel de assumir o controle da Cidade de Gaza representa um crime de guerra e que o plano resultará no sofrimento dos reféns atualmente sob sua custódia.

Segundo o comunicado emitido pelo Hamas, a aprovação pelo governo israelense da intenção de ocupar a Cidade de Gaza e deslocar seus moradores é vista como mais uma ação violenta contra cerca de um milhão de pessoas que vivem na região.

O documento ressalta que esta operação militar será um desafio com consequências graves e que o exército israelense enfrentará resistência significativa.

Essa decisão foi anunciada após uma reunião do gabinete de segurança do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O Hamas critica veementemente o governo, afirmando que ele não valoriza a vida dos reféns e está disposto a arriscar suas vidas por interesses políticos já falhos.

Atualmente, o Hamas detém 49 reféns, dos quais 27 teriam falecido, desde o ataque realizado em 7 de outubro de 2023 em território israelense.

Na última semana, o Hamas e o grupo aliado Jihad Islâmica divulgaram vídeos de propaganda que mostraram reféns em condições críticas, causando comoção em Israel e condenação internacional.

Em resposta, o Hamas afirma que continuará seus esforços para estabelecer as condições para um acordo abrangente que envolva a libertação simultânea de todos os prisioneiros detidos pela ocupação, negociando um cessar-fogo e a retirada das tropas invasoras.