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Trump anuncia fim do conflito entre Armênia e Azerbaijão para sempre

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, declarou nesta sexta-feira (8) que a Armênia e o Azerbaijão concordaram em encerrar permanentemente um conflito territorial que durou décadas.
Durante um evento na Casa Branca, Ilham Aliyev, presidente do Azerbaijão, e Nikol Pashinian, primeiro-ministro da Armênia, destacaram o papel de mediação do presidente americano, sugerindo que ele merece o Prêmio Nobel da Paz.
“Armênia e Azerbaijão comprometem-se a cessar todos os combates para sempre, abrir o comércio, as viagens e as relações diplomáticas, e respeitar a soberania e a integridade territorial um do outro”, afirmou Trump.
O caráter vinculativo deste acordo ainda não foi confirmado.
“Eles terão uma relação muito boa”, previu Trump, acrescentando: “Se não, liguem para mim e eu resolvo”.
Nobel da Paz
Aliyev declarou que o dia é histórico e sugeriu que ele e Pashinian enviem uma carta para promover a indicação de Trump ao Nobel da Paz.
“Quem, senão o presidente Trump, merece o Prêmio Nobel da Paz?”, questionou ele.
O presidente do Azerbaijão também agradeceu a Trump pela decisão de remover restrições à cooperação militar entre os EUA e a Armênia.
Pashinian afirmou que sua nação apoiará a indicação de Trump devido à sua atuação como pacificador.
Trump tem afirmado publicamente em diversas ocasiões que merece essa distinção por sua mediação em conflitos internacionais.
Aliyev e Pashinian apertaram mãos sob o olhar satisfeito de Trump, e juntos assinaram um documento chamado “declaração conjunta” pela Casa Branca.
“Hoje instauramos a paz no Cáucaso”, comentou o líder do Azerbaijão.
O primeiro-ministro armênio mencionou que o acordo proporciona um caminho para encerrar décadas de conflito.
Zona de trânsito e acordo estratégico
O pacto inclui a criação de uma zona de trânsito que atravessará a Armênia, conectando o Azerbaijão ao enclave de Nakhchivan, a oeste.
Essa rota de trânsito, uma antiga reivindicação de Baku, será nomeada “Via Trump para a paz e a prosperidade internacionais” (TRIPP, na sigla em inglês). Os Estados Unidos terão direitos para construir na área, ampliando sua influência em uma região estratégica rica em hidrocarbonetos.
Quanto aos benefícios para a Armênia, um funcionário americano de alto escalão afirmou que Yerevan ganha o parceiro mais importante do mundo, os Estados Unidos, sem detalhar questões relacionadas a Karabakh.
“Os que saem perdendo são China, Rússia e Irã”, disse a fonte, que preferiu manter anonimato.
A região em disputa, Karabakh, reconhecida internacionalmente como parte do Azerbaijão, foi controlada por separatistas armênios por cerca de trinta anos após vitória em guerra decorrente do colapso da União Soviética.
Baku retomou parte da região durante conflito em 2020 e a totalidade numa ofensiva rápida em setembro de 2023.
Para resolver divergências, Baku e Yerevan concordaram em março com um tratado de paz.
O Azerbaijão quer que a Armênia modifique sua Constituição, renunciando em definitivo a qualquer reivindicação sobre Karabakh, considerado pelos armênios sua terra ancestral.
Pashinian mostrou-se disposto a cumprir e planeja realizar um referendo constitucional em 2027.
Porém, a perda de Karabakh, conhecido como Artsaj em armênio, gera uma divisão profunda no país.

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