Haddad tentou enganar com pauta comercial e falhou

Haddad culpa outros pela sua própria incompetência, segundo declarou o deputado Eduardo Bolsonaro, que foi apontado pelo ministro como responsável pela reunião fracassada.

O cancelamento da reunião planejada entre Fernando Haddad e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ocorreu devido a um diálogo inviável desde que Lula (PT) devolveu sem resposta a carta enviada por Donald Trump. A Casa Branca aguarda um pedido formal de desculpas, visto que outras nações receberam mensagens semelhantes que levaram a negociações importantes. Entretanto, o petista parece ter tentado tirar proveito eleitoral do episódio, enquanto Trump afirmou que um acordo com o Brasil depende necessariamente da desistência de Jair Bolsonaro.

Haddad não compreendeu que o problema para o governo Trump não é comercial, mas sim o papel de Alexandre de Moraes, que está sancionado pela Lei Magnitsky.

Nos Estados Unidos, até a imprensa reconhece que o Brasil vive uma espécie de ditadura judicial, conforme reportagem do Wall Street Journal no domingo (10).

O diálogo entre as partes tem sido infrutífero: Haddad foi ignorado, da mesma forma que o ex-vice-presidente Geraldo Alckmin, que não consegue contato na Casa Branca, conforme afirmou Lula.

O chanceler Mauro Vieira divulgou uma reunião misteriosa com seu homólogo americano, porém o Departamento de Estado dos EUA não confirmou tal encontro.

Quanto à representação contra deputados que ocuparam a mesa diretora da Câmara por quase 36 horas, ela pode não avançar, resultando no máximo em advertência ou censura, dada a forte influência dos apoiadores de Jair Bolsonaro no Conselho de Ética.

Segundo membros do conselho sob reserva, dificilmente será aprovada a suspensão de mandato por seis meses. O caso provavelmente ficará parado até que haja pressão para ser analisado.

No governo, há preocupação de que a polêmica possa afetar a aprovação de matérias importantes como a isenção do IR e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na Câmara.

Líderes vão se reunir para definir a pauta das votações, mas o clima não é amistoso, devido à postura do presidente da Câmara, Hugo Motta, que tenta impor sua autoridade de maneira autoritária.

A oposição já se prepara para não aprovar itens importantes caso haja punições arbitrárias contra deputados, como a votação da LDO e do sistema de segurança.

Luiz Philippe de Orleans e Bragança, deputado do PL-SP, denunciou que a LDO de Lula para 2026 representa um tipo de manobra financeira desonesta.

Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, afirmou que a esquerda está adotando posturas mais direitistas que o PSDB, classificando manifestações políticas como insurreições armadas, mesmo sem armas envolvidas.

Carlos Bolsonaro, vereador do PL-RJ, criticou Lula como aliado de ditadores e grupos que perseguem homossexuais, questionando se expor isso é crime conforme a Polícia Federal.

Um vídeo antigo do senador ACM viralizou, onde ele ironizava a participação excessiva dos juízes nos temas parlamentares, no contexto dos anos 1990.

Chamaram atenção as ausências do governador Tarcísio de Freitas e do prefeito Ricardo Nunes em evento do Tribunal de Contas de São Paulo para o ministro Alexandre de Moraes.

O dólar fechou em alta, refletindo o ceticismo dos investidores perante o plano do governo Lula para amenizar o aumento das tarifas.

Ficou a dúvida se Haddad realmente confessou falta de prestígio ou tentou puxar o saco de Eduardo Bolsonaro, culpando-o pelo fracasso na Casa Branca.

PODER SEM PUDOR

Na reunião de líderes, o então senador Antero Paes de Barros lembrou que começou a carreira como repórter esportivo, assim como ACM, dono da Bahia. O senador Aloizio Mercadante respondeu com humor sobre a cobertura de lutas livres que ACM faria.

Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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