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Dono da Ultrafarma admite crime e fecha acordo de R$ 32milhões antes da prisão

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Sidney Oliveira, empresário e proprietário da rede Ultrafarma, reconheceu sua participação em uma organização criminosa voltada para fraudes fiscais. Ele firmou um acordo de não persecução penal com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), comprometendo-se a pagar cerca de R$ 31,9 milhões, pouco antes de ser preso por suspeitas de oferecer propina a um auditor fiscal da Receita Estadual para obter benefícios fiscais ilícitos.

Este acordo, validado pela Justiça em 29 de julho, está ligado às investigações da Operação Monte Cristo, iniciada em 2020 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Secretaria Estadual da Fazenda. O foco da ação foi um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor farmacêutico.

Além do pagamento das multas, Sidney Oliveira concordou em submeter a Ultrafarma a um programa de compliance rigoroso e deixar de participar de qualquer esquema fraudulento. O início da execução do acordo foi comunicado à Justiça em 5 de agosto, dias antes da prisão do empresário.

Contudo, a prisão ocorreu no contexto de outra operação, a Ícaro, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), que investigou um esquema ainda maior de corrupção envolvendo créditos de ICMS. Além de Oliveira, outras cinco pessoas foram detidas, incluindo o diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes, e o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, suspeito de receber propina bilionária para facilitar o esquema.

As investigações revelaram que o auditor utilizava uma empresa vinculada à sua mãe para receber as propinas. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo instaurou procedimento para apurar rigorosamente a conduta do servidor e assumiu compromisso com a ética e justiça fiscal.

Sidney Oliveira foi localizado em uma chácara em Santa Isabel, na região metropolitana de São Paulo, e detido juntamente com outros envolvidos. A Fast Shop declarou que está colaborando com as investigações, enquanto o empresário e a Ultrafarma não se manifestaram até o momento.

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