Líder do PL quer entregar carta de denúncia a embaixadas

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), declarou que tem a intenção de seguir o exemplo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao levar às embaixadas internacionais em Brasília uma carta que denuncia e repudia sérias violações dos direitos humanos no Brasil.

O parlamentar informou em sua conta no X nesta quarta-feira que o documento revela a criação, no país, de um preocupante precedente que ameaça o processo democrático e as liberdades civis.

Segundo ele, o texto apresenta para a comunidade internacional, de maneira clara e fundamentada, exemplos reais de prisões sem justificativa legal, censura oficial e perseguição política, o que fere a Constituição e acordos internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil faz parte.

A ação teve o apoio do Eduardo Bolsonaro, que reforçou a iniciativa com uma publicação na mesma rede social, ressaltando que essa é uma oportunidade única que pode fortalecer a resistência política.

A tática de distribuir documentos críticos a autoridades estrangeiras foi usada por Eduardo e seu colaborador mais próximo nos Estados Unidos, o economista Paulo Figueiredo, para buscar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Como resultado, a Lei Magnitsky foi aplicada contra o magistrado.

Informações da jornalista Malu Gaspar indicam que eles planejam repetir essa entrega de documentos, a partir desta quarta-feira, apresentando um novo dossiê para evidenciar a influência das sanções, ainda que não tenham evitado a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento mostraria que a medida impactou o STF e o Congresso, gerando bloqueios nas atividades legislativas recentemente.