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Justiça nega pedido de liberdade a fisiculturista por agressão à namorada

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A Justiça de São Paulo recusou, na quarta-feira (13/8), a solicitação de habeas corpus apresentada por Pedro Camilo Garcia Castro, fisiculturista acusado de agredir sua namorada em 14 de julho, na região central de São Paulo, Moema.

Com essa decisão, o acusado permanece detido no Centro de Detenção Provisória de São Vicente, litoral de São Paulo. No início do mês, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou Pedro Camilo por tentativa de feminicídio, agravada pelo uso de meios cruéis e motivos fúteis, dentro de um contexto de violência doméstica.

A defesa da vítima, liderada pela advogada Gabriela Manssur, considera a acusação um avanço crucial na busca por justiça. A denúncia foi formalmente aceita pela 4ª Vara do Júri da Capital em 1º de agosto de 2025, e o processo continuará em instrução no Tribunal do Júri.

Médica agredida

A médica, de 27 anos, recebeu alta no dia 27 de julho após 13 dias internada, tendo passado por cirurgias reconstrutivas no rosto, que ficou gravemente ferido durante o ataque de Pedro Camilo. Ela continua em recuperação sob cuidados médicos e apoio emocional.

Exames médicos indicaram múltiplas fraturas faciais, especialmente do lado esquerdo, além de danos no nariz, com desalinhamento ósseo e obstrução parcial das cavidades paranasais, provavelmente devido à presença de sangue.

Detalhes do crime

O ataque ocorreu no aniversário da vítima, quando ela e Pedro Camilo estavam em um apartamento alugado em São Paulo desde 12 de julho, com previsão de saída para as 11h da segunda-feira seguinte.

Uma audiência de custódia no dia 15 de julho converteu sua prisão em preventiva. O flagrante ocorreu em Santos, quando tentou fugir com o carro da vítima.

Segundo a Polícia Militar, acionada por vizinhos que ouviram brigas, a porta do apartamento foi aberta pelos agentes que encontraram a vítima inconsciente e ferida, com o rosto ensanguentado e o local em desordem, apresentando várias manchas de sangue.

Câmeras de segurança mostram a entrada e saída de Pedro Camilo no apartamento, localizado na Avenida Pavão, Moema.

Condições psiquiátricas do agressor

A defesa de Pedro Camilo Garcia Castro afirma que ele tem um quadro psiquiátrico que requer medicação controlada. Laudos apresentados indicam que o jovem iniciou tratamento para anorexia nervosa atípica, abuso de substâncias não dependentes e impulsividade, além de estar sob investigação para transtornos afetivos bipolares e de personalidade.

O relatório médico destaca variações de humor, agressividade e impulsividade, e que ele foi hospitalizado em abril deste ano.

Outro relatório psicológico indica que Pedro Camilo sofre impactos físicos, emocionais e sociais devido ao transtorno alimentar bulimia nervosa e ao uso inadequado de anabolizantes, esteroides ou medicamentos psiquiátricos, sem acompanhamento médico regular.

Decisão judicial

Na decisão que tornou a prisão preventiva, o juiz Vinicius de Toledo Piza Peluso destacou que o crime foi cometido com extrema violência e brutalidade.

O juiz enfatizou que a maneira como o agressor agiu demonstra covardia, falta de controle emocional e perigo concreto para a sociedade.

Além disso, a gravidade do estado em que a vítima foi encontrada — caída, inconsciente, com respiração difícil e rosto desfigurado — reforça a necessidade da manutenção da prisão.

Esses fatores demonstram o risco que Pedro Camilo representa para a ordem pública caso seja liberado.

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