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O calor extremo e incêndios afetam o sul da Europa

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O sul da Europa continua enfrentando um verão extremamente quente nesta quinta-feira (14), enfrentando uma longa onda de calor e incêndios florestais que resultaram na terceira vítima fatal na Espanha.

Pedro Sánchez, presidente do governo espanhol, expressou pesar pela morte do segundo voluntário na província de León, ocorrida após Madri solicitar ajuda da União Europeia para combater os incêndios.

O voluntário tinha 36 anos e faleceu devido a queimaduras enquanto acompanhava outro voluntário de 35 anos, que morreu anteriormente na terça-feira. A terceira vítima foi um trabalhador romeno de uma hípica ao norte de Madri.

Milhares de pessoas também foram evacuadas devido ao risco dos incêndios.

Fernando Grande-Marlaska, ministro do Interior da Espanha, informou em entrevista à TVE que 11 incêndios estão em nível 2 na escala de risco de 1 a 4, sendo os mais críticos no momento.

Algumas queimadas podem ser provocadas intencionalmente ou por descuido, e com as prisões recentes feitas pela Guarda Civil, mais de 30 pessoas foram detidas desde o início do verão por esses crimes.

Nos últimos dias, mais de 70.000 hectares foram consumidos pelo fogo na Espanha, ultrapassando os 42.000 hectares queimados em todo o ano de 2024, segundo dados do EFFIS e autoridades regionais.

Em 2025, já foram registrados 157.000 hectares queimados, apesar de ainda estar longe do recorde de 307.000 hectares em 2022, o pior ano em décadas.

Antonio Jordán Lopez, especialista em incêndios da Universidade de Sevilha, explicou que os incêndios atuais na Espanha são do tipo sexta geração, caracterizados por serem muito intensos, rápidos e imprevisíveis, com a capacidade de modificar o clima local e avançar quilômetros em pouco tempo.

Dois aviões contra incêndios da França foram enviados para ajudar a Espanha a combater os focos de incêndio.

Área de risco elevada

A Espanha está entre as regiões mais afetadas pelo aquecimento global na Europa, enfrentando temperaturas extremas contínuas e intensificação das ondas de calor.

As regiões de Castilla y León, Galícia, Comunidade Valenciana e Extremadura formam um chamado triângulo de fogo preocupante no país.

Em Portugal, aeronaves foram mobilizadas para controlar quatro grandes incêndios no norte e centro, com mais de 800 bombeiros atuando no foco em Arganil, e o incêndio em Trancoso ainda ativo.

Situação na Grécia

Na Grécia, onde 20.000 hectares foram queimados desde o início do verão, os bombeiros conseguiram conter o fogo próximo a Patras, terceiro maior porto e cidade do país.

Embora hajam focos isolados, o fogo permanece ativo nos subúrbios leste de Patras, que tem mais de 200.000 habitantes.

Outros combates ocorrem nas ilhas de Zakynthos, Preveza e Chios.

Nos Bálcãs, incêndios mortais também causaram a evacuação de milhares de moradores.

Na Itália, apesar do calor intenso, os incêndios não causaram tantos danos severos; 16 cidades, incluindo Roma e Veneza, permanecem em alerta devido às altas temperaturas.

O norte da Europa também enfrenta incêndios, com os bombeiros lutando contra um fogo em North Yorkshire, Inglaterra, que já se espalhou por cerca de 5 km².

Os bombeiros preveem que a operação para conter o incêndio deverá durar algum tempo.

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