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Prefeitura de São Paulo inicia demolição de prédio abandonado Caveirão
A Prefeitura de São Paulo deu início ao processo de derrubada do edifício abandonado conhecido popularmente como Caveirão. Localizado na Rua do Carmo, na região central da Sé, o prédio que permanece inacabado há décadas começará a ser demolido em breve.
O secretário municipal das Subprefeituras, Fabricio Arbex, informou que a ordem para o começo das obras será dada até sexta-feira (15/8), com previsão para que a empresa responsável inicie os trabalhos até terça-feira (19/8).
Segundo o secretário, “Essa ação representa uma reparação histórica para o centro da cidade, removendo uma estrutura que compromete a paisagem urbanística ao lado de marcos importantes como a Catedral da Sé e o Marco Zero”. Ele destacou que o prédio abandonado tem causado prejuízos urbanísticos por seu estado avançado de deterioração.
Contexto e situação do prédio
A demolição do Caveirão surge após um longo impasse entre a administração municipal e o proprietário do imóvel. Após o trágico incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida em 2018, que resultou em mortes, a prefeitura intensificou a fiscalização do prédio e solicitou sua remoção para evitar riscos à segurança.
Em julho de 2024, sob a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o Tribunal de Justiça determinou que a demolição fosse realizada pelo dono do prédio, com multa diária em caso de descumprimento.
Com a falta de ação do proprietário, a Justiça autorizou a prefeitura a executar a demolição, posteriormente cobrando os custos da obra, estimada em 6 milhões de reais, com prazo de até 300 dias para sua conclusão pela empresa Demolidora FBI.
Futuro do local
Fabricio Arbex também afirmou que, após a remoção da estrutura, haverá um processo de ajuste financeiro entre a Prefeitura e o proprietário, conduzido pela Procuradoria Geral do Município e Secretaria da Fazenda, que definirá o destino final do terreno.
Sobre o Caveirão
Erguido nos anos 1960 como um edifício-garagem jamais concluído, o prédio de 23 andares e um subsolo se tornou um símbolo do centro paulistano, conhecido por abrigar pessoas em situação de rua e famílias sem moradia.
Sua estrutura óssea há muito tempo causa impacto negativo na paisagem da região, tornando-se um ponto de preocupação para o urbanismo local e para a comunidade.

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