Lula diz que Brasil buscará novos mercados e não vai lamentar tarifas dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou novamente nesta quinta-feira as tarifas aplicadas pelo governo dos Estados Unidos sobre exportações brasileiras.

Lula afirmou que não vai ficar lamentando a situação e ressaltou que o Brasil buscará outros países para comercializar seus produtos.

— Se os Estados Unidos decidirem não comprar nossos produtos, não vamos reclamar nem nos humilhar. Vamos procurar novos mercados para continuar avançando. Aprendi a manter a cabeça erguida. Quero que o Brasil seja respeitado. Todo brasileiro tem o mesmo valor que qualquer americano. Se respeitamos o povo dos EUA, eles também devem respeitar o nosso — declarou Lula durante a inauguração de uma fábrica em Goiana, Pernambuco.

Lula destacou que as justificativas para as tarifas, sejam comerciais ou políticas, não são convincentes e que está disposto a negociar, mencionando ministros de seu governo como Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Ele frisou que o governo está preparado para sentar e conversar a qualquer momento.

— Vamos apoiar nossas empresas para que não sofram. Não vamos nos preocupar se os EUA deixarem de comprar nossos produtos. Vamos expandir nossas vendas para países como Índia, China, Rússia, Alemanha, entre outros. Em dois anos e meio, abrimos cerca de 400 novos mercados. Recentemente, começamos a exportar carne e produtos para as Filipinas, que antes não compravam nada do Brasil — declarou Lula.

O presidente também enfatizou a importância das relações com países que também enfrentam tarifas, mencionando que conversou com líderes como Xi Jinping da China, Narendra Modi da Índia e Vladimir Putin da Rússia.

Todos esses países, junto com o Brasil, formam o grupo BRICs, que defende a cooperação multilateral nas relações internacionais.