Economia
Diretor de IA: cargo em alta nas empresas para otimizar investimentos

A busca por transformar a inteligência artificial em um investimento rentável vem criando uma função importante nos altos escalões das organizações: o Chief Artificial Intelligence Officer (CAIO), ou diretor de inteligência artificial.
Em apenas um ano, a presença desse cargo nas empresas subiu de 11% para 26%.
Esta análise faz parte de uma pesquisa realizada pela IBM em parceria com a Oxford Economics, divulgada recentemente, envolvendo 2,3 mil companhias em 22 países, incluindo o Brasil.
Uma das missões do CAIO é encontrar aplicações de IA que realmente tragam resultados, em meio à diversidade crescente de modelos e serviços do setor.
O levantamento mostra que empresas que contam com esse profissional apresentam um retorno sobre investimento (ROI) em IA cerca de 10% maior. Além disso, 66% das organizações planejam contratar alguém para essa função nos próximos dois anos.
Apesar do avanço, muitos diretores da área reconhecem a incerteza associada ao cargo. Mais da metade (68%) começam projetos de IA sem uma maneira clara de medir seu impacto.
Segundo Argus Cavalcante, sócio da IBM Consulting, a posição ainda está se consolidando e falta um padrão definido no mercado.
Ele também destaca que a maioria das empresas ainda está na fase experimental da adoção da IA, afirmando:
— As organizações precisam estruturar uma estratégia clara de adoção tecnológica e avaliação de resultados, pois os objetivos variam, desde aumentar eficiência até integrar IA em setores como recursos humanos, área jurídica ou compras.
O desafio principal, conforme Cavalcante, é ultrapassar o estágio de testes e aplicar a inteligência artificial em grande escala, com resultados tangíveis.
A pesquisa indica que 60% das empresas estão na fase piloto da aplicação de IA.
Desde 2023, apenas um quarto das iniciativas alcançou o retorno esperado, embora os investimentos no setor tenham aumentado 62% entre 2022 e 2025.
O estudo também perguntou a 600 diretores de IA sobre suas trajetórias: 75% vêm da área de dados, combinando experiência em estratégia, operações ou inovação; mais da metade reporta-se diretamente ao CEO ou ao conselho administrativo.
Além das responsabilidades técnicas, o cargo exige conhecimento em dados e IA junto a habilidades de comunicação, negociação e integração entre áreas, segundo Cavalcante. Gerenciar projetos, orçamentos, padronizar usos e fomentar mudanças culturais para ampliar o uso da tecnologia também estão entre as atribuições.
Este profissional geralmente atua como um

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