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Israel planeja construção de assentamento que dividirá Cisjordânia
O ministro das Finanças de extrema-direita de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou nesta quinta-feira (14) que um novo e controverso assentamento na Cisjordânia ocupada será aprovado ainda neste mês. Esse projeto tem gerado temores entre palestinos e grupos de direitos humanos, que acreditam que a construção pode inviabilizar a criação de um Estado palestino ao dividir o território em duas partes.
A área afetada é conhecida como E1, localizada a leste de Jerusalém, e sua aprovação está em consideração há mais de 20 anos. Essa região é um dos últimos pontos de ligação entre as principais cidades da Cisjordânia, Ramallah e Belém. Com a construção prevista, o trajeto direto entre as duas cidades, que distam 22 quilômetros em linha reta, será bloqueado. Palestinos terão que fazer um desvio longo e passar por vários pontos de controle, aumentando significativamente o tempo da viagem.
Smotrich afirmou durante uma cerimônia que esta situação encerra as chances de estabelecimento do Estado palestino: “Esta realidade destrói a ideia de um Estado palestino, pois não há território ou reconhecimento possível”. Ele acrescentou que qualquer reconhecimento internacional do Estado palestino será respondido com medidas no terreno.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não comentou publicamente sobre o projeto nesta quinta-feira, embora tenha manifestado apoio a iniciativas semelhantes anteriormente.

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