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Jéssica Cormick assume prefeitura de São Bernardo do Campo (SP)

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Após uma operação da Polícia Federal que resultou no afastamento do prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marcelo de Lima Fernandes (Podemos), a vice-prefeita da cidade, Jéssica Cormick (Avante), assumirá o comando da prefeitura. Sargento da Polícia Militar desde 2005, ela deixou a corporação atendendo ao convite do prefeito afastado para integrar sua chapa eleitoral nas eleições de 2024.

Com 38 anos, Jéssica Cormick exerce pela primeira vez um cargo político eleito. Antes disso, desenvolveu sua carreira na Polícia Militar, com especialização em Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública. Ela é mãe de Rafaella, nascida em 2013, e é casada com Éder Cormick, também sargento da PM. Atualmente, cursa MBA em Governança Pública.

A investigação da Polícia Federal também envolveu o presidente da Câmara Municipal, Danilo Lima Ramos (Podemos), primo do prefeito afastado, e o suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB). Conforme regimento interno, a presidência da Câmara deve ser assumida pela vereadora Ana Nice (PT).

A operação

Realizada recentemente pela Polícia Federal, a operação denominada “Estafeta” investiga corrupção e lavagem de dinheiro atribuídas a um grupo criminoso ligado à administração pública de São Bernardo do Campo. As ações começaram em julho de 2025, quando a PF apreendeu R$ 14 milhões em espécie, em reais e dólares, com Paulo Iran Paulino Costa, assessor legislativo no gabinete do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL).

Na ocasião da apreensão, em 7 de julho, a análise do celular do assessor revelou uma conexão direta com Marcelo de Lima Fernandes. Segundo a PF, o assessor, que está foragido, controlava informalmente as finanças do prefeito, anotando entradas e saídas de valores. Ele também arcava com despesas pessoais do prefeito, de sua esposa Rosangela dos Santos Lima Fernandes, e da filha Gabriele dos Santos Lima Fernandes.

O esquema, conforme a Polícia Federal, envolvia empresas contratadas pela prefeitura e pela Fundação ABC, que administra unidades de saúde na região. Estas empresas atuavam nos setores de saúde, tecnologia da informação, limpeza urbana e transporte público. Há suspeitas de que tais empresas realizavam repasses ilegais para garantir ou manter contratos milionários com o governo municipal.

Os pagamentos eram feitos diretamente ao assessor ou através de servidores públicos, incluindo Antônio Rene da Silva Chagas, diretor na Secretaria de Coordenação Governamental; Fábio Prado, secretário da pasta; e Roque Araújo Neto, servidor da Câmara Municipal. Além disso, foram mencionados o vereador Danilo Lima de Ramos, o ex-vereador Ary Oliveira e o ex-secretário municipal de Administração Paulo Guidetti.

A Polícia Federal solicitou a prisão do prefeito Marcelo Lima, entretanto, a Justiça negou o pedido e optou pelo afastamento do gestor por um período de um ano, além da obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica.

A prefeitura divulgou nota afirmando estar colaborando integralmente com as investigações e destacou que a administração municipal tem total interesse para que os fatos sejam esclarecidos. Também garantiu que a situação não prejudicará os serviços públicos oferecidos à população.

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