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Padilha chama de covarde o cancelamento dos vistos da esposa e filha

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, considerou como um “ato covarde” a revogação dos vistos de sua esposa e filha pelos Estados Unidos. O ministro possui o visto expirado desde 2024 e, portanto, não está sujeito a essa ação.

Padilha comentou que tomou conhecimento da medida por meio de uma mensagem enviada pela esposa, enquanto cumpria compromissos oficiais em Pernambuco.

O ministro questiona a sanção aplicada a uma criança de 10 anos e critica Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, residente nos Estados Unidos, que tem coordenado com membros do governo norte-americano sanções contra o Brasil. Segundo Padilha, essas ações visam pressionar o país, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF), para impedir o julgamento do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.

Em entrevista à Globonews, Padilha declarou: “As pessoas responsáveis por isso, incluindo o clã Bolsonaro, precisam explicar ao mundo qual o perigo que uma criança de 10 anos representa para o governo americano? Estou extremamente indignado. É uma atitude covarde.”

Além disso, Padilha afirmou que aliados do ex-presidente montaram “um verdadeiro escritório do lobby da traição nos Estados Unidos”.

Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA cancelou os vistos de servidores brasileiros relacionados ao programa Mais Médicos. Segundo comunicado do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, esses indivíduos teriam participado de um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” através do programa.

Padilha foi responsável pela criação do programa Mais Médicos em 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O programa atende áreas remotas com carência de profissionais de saúde, contando com a cooperação de médicos cubanos até 2018. Ele ressalta: “Minha filha nem havia nascido quando criei o programa, e o fiz com muito orgulho.”

Atualmente, o Brasil não mantém parceria com médicos cubanos, embora outros países como a Itália, governada pela primeira-ministra Giorgia Meloni, aliada de Trump, ainda mantenham tais acordos. Padilha questiona o motivo de sanções não serem aplicadas a esses países e estranha que o Brasil receba esse tipo de retaliação, inclusive contra uma criança de 10 anos, mesmo sem parcerias vigentes com cubanos.

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