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Incêndio causa primeira morte em Portugal; Espanha em alerta
Portugal registrou sua primeira vítima fatal dos incêndios que atingem o país na última sexta-feira (15), enquanto a agência de meteorologia da Espanha (Aemet) emitiu um aviso de risco “muito alto e extremo” para possíveis novos incêndios durante a forte onda de calor que afeta a Europa.
A península inteira permanece sob alerta pelo décimo terceiro dia seguido devido à onda de calor. A região da Cantábria, localizada no noroeste da Espanha, que até então estava preservada, deverá enfrentar temperaturas que podem ultrapassar os 40 ºC, conforme informado pela Aemet.
A agência destacou que o perigo de incêndios continuará em níveis elevados durante o fim de semana e início da próxima semana, enquanto a onda de calor persiste.
Os incêndios têm provocado destruição significativa na região, com 157.501 hectares já consumidos pelo fogo este ano, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Todavia, esse número ainda é menor em comparação a 2022, quando mais de 306.000 hectares foram devastados.
Na Espanha, três pessoas já perderam a vida devido aos incêndios, incluindo dois jovens voluntários na faixa dos 30 anos que faleceram tentando controlar as chamas em Castilla y León, no noroeste. Para reforçar o combate, dois aviões Canadair foram enviados pela França.
Esta área concentra muitos focos de incêndio ativos, o que levou à interrupção da linha ferroviária entre Madri e Galícia, além de várias rodovias.
O assunto dos incêndios tem gerado debate político entre os principais partidos espanhóis, o PSOE e o PP, que discutem a gestão das regiões afetadas. O governo central atua exclusivamente em emergências de grande escala e pode mobilizar a Unidade Militar de Emergências (UME), frequentemente acionada nos últimos dias.
Primeira fatalidade em Portugal
Em Portugal, milhares de bombeiros trabalham intensamente para conter os incêndios que causaram a primeira morte na cidade de Guarda, na região leste do país.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou suas deep condolências pelo falecimento do antigo prefeito local, Carlos Dâmaso, e anunciou que interrompeu suas férias para acompanhar de perto a situação crítica causada pelos incêndios rurais.
Portugal ativou o Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia e solicitou o envio de quatro aviões Canadair, que permanecerão no país até 18 de agosto, conforme informado pela presidência portuguesa.
Na Grécia, que também enfrenta incêndios florestais, houve melhora em grande parte das frentes graças à queda das temperaturas e redução da intensidade dos ventos, segundo os bombeiros locais.
No entanto, ainda há mobilização nas proximidades de Patras, a terceira maior cidade do país, devido à existência de pequenos focos de fogo. O incêndio mais ativo está na ilha de Quios, no nordeste do mar Egeu, onde oito aviões continuam atuando para conter as chamas.

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