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22 mortos em ataques na Faixa de Gaza, diz Defesa Civil

Defesa Civil local relatou neste sábado (16) a morte de 22 palestinos, entre eles crianças, na ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que sofre há mais de 22 meses com o conflito.
Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil, afirmou à AFP que um bairro na Cidade de Gaza esteve sob bombardeios quase contínuos por uma semana.
“Estimamos que mais de 50.000 pessoas permanecem no bairro de Zeitun, a maioria sem água e comida”, disse, acusando Israel de realizar uma “limpeza étnica” nas regiões de Zeitun e no distrito vizinho Tal al Hawa.
“Nossas equipes não conseguem alcançar os feridos”, acrescentou.
De acordo com Basal, 22 palestinos – incluindo várias crianças – perderam a vida devido aos disparos e ataques aéreos do Exército israelense no território. Nove vítimas foram próximas a centros de distribuição de auxílio humanitário no sul e no norte da Faixa de Gaza.
Outros seis, entre eles três crianças, morreram em ataques no acampamento de refugiados de Bureij (central) e na área de al Mawassi (sul).
O porta-voz renovou o alerta sobre as operações militares israelenses na Cidade de Gaza.
“Os moradores não têm onde se proteger. A situação é extremamente grave”, ressaltou.
Gasan Kashko, 40 anos, morador da Cidade de Gaza, explicou que está abrigado em uma escola junto com sua família e várias outras pessoas deslocadas.
“Não conseguimos mais dormir. Os bombardeios aéreos e disparos de tanques não cessam. Falta comida e água potável”, relatou por telefone à AFP.
Segundo uma fonte do Ministério do Interior do governo Hamas, “o inimigo continua a operação militar terrestre nas áreas de Zeitun e Tal al Hawa”.
O Exército israelense demoliu inúmeras casas e estradas, conforme relatado por Gasan.
Israel anunciou que está se preparando para assumir o controle total da Cidade de Gaza e dos acampamentos vizinhos, com a intenção clara de derrotar o grupo islâmico Hamas e resgatar os reféns capturados no ataque ocorrido em 7 de outubro de 2023, que deu início ao atual conflito.

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