França pede que Israel interrompa construção de casas na Cisjordânia

A França solicitou a Israel neste sábado (16) que pare seu plano de construir 3.400 residências na Cisjordânia, caracterizando isso como uma séria violação do direito internacional, informou o Ministério das Relações Exteriores francês.

Israel tem ocupado a Cisjordânia desde 1967, onde vivem cerca de três milhões de palestinos junto com aproximadamente 500.000 israelenses em assentamentos considerados ilegais segundo o direito internacional.

O Ministério das Relações Exteriores francês expressou forte desaprovação à decisão das autoridades israelenses de aprovar o projeto de assentamento E1, que inclui a construção de mais de 3.000 casas a leste de Jerusalém.

Recentemente, um ministro israelense solicitou a aceleração de um plano crucial para edificar 3.400 residências na Cisjordânia e anexar o território palestino ocupado por Israel, provocando críticas internacionais.

Bezalel Smotrich, ministro das Finanças israelense e político de direita, reagiu aos anúncios de vários países que pretendem reconhecer o Estado palestino devido à recusa de Israel em cessar as ações militares na Faixa de Gaza, onde a população vive uma grave crise humanitária.

Esse projeto de assentamento fragmentaria a Cisjordânia em duas partes e comprometeria significativamente a solução de dois Estados, que é vista como a única forma viável de garantir paz e segurança duradouras para israelenses e palestinos, denunciou o Ministério das Relações Exteriores francês.

A França ressaltou que mantém seu compromisso ao lado de parceiros europeus para aumentar a pressão sobre Israel, buscando o fim da colonização, inclusive por meio da imposição de novas sanções contra indivíduos e organizações responsáveis por essas ações.