Influenciador Hytalo Santos e esposo continuam detidos após audiência em São Paulo

Hytalo Santos, influenciador digital, e seu marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, permanecem detidos após participarem de audiência de custódia no último sábado (16/8) em São Paulo. Eles são alvo de investigação pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suspeitas de tráfico de pessoas e exploração sexual infantil.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) explicou que as audiências ocorreram virtualmente, com o objetivo apenas de conferir a legalidade da prisão. A decisão sobre o destino do casal ainda está pendente.

O advogado Ricardo Ueno, que representa Hytalo Santos, afirmou ao sair da audiência que o resultado já era esperado, destacando que a prisão foi decretada por um juiz da Paraíba e que a audiência em São Paulo serviu apenas para validar o procedimento e garantir que não houve abusos, concluindo que tudo estava correto.

O casal foi localizado em uma residência no município de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, onde estavam acompanhados de mais seis maiores de idade sem antecedentes criminais. Segundo a polícia, o imóvel foi alugado temporariamente e o casal teria chegado no local no dia anterior à prisão, possivelmente planejando fugir do Brasil por meio da região de Foz do Iguaçu.

As autoridades informaram que Hytalo Santos e o marido foram monitorados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde a Paraíba até o momento da prisão. Eles estavam sem passaportes, portando somente documentos de identificação e com vários celulares que foram apreendidos para perícia.

Essa operação envolveu o Ministério Público da Paraíba, o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Civil dos estados da Paraíba e São Paulo, além da Polícia Rodoviária Federal. As investigações focam em crimes de tráfico humano e exploração sexual de crianças e adolescentes.

O caso ganhou grande repercussão na mídia após denúncias de outro influenciador chamado Felca, que divulgou vídeos em que o casal aparece em situações envolvendo menores, levantando suspeitas de exposição indevida e exploração.

Por fim, cabe agora à Justiça da Paraíba decidir sobre o pedido de transferência dos dois detidos para outras instalações.