Economia
IPCA 2025 previsto em 4,95%, ainda acima do limite estabelecido
A previsão mediana para o IPCA de 2025 caiu para 4,95%, segundo o relatório Focus, marcando a 12ª redução consecutiva. Apesar disso, o índice permanece 0,45 ponto percentual acima do teto da meta, fixado em 4,50%. Considerando as 60 estimativas mais recentes, esta projeção ajustou-se para 4,90%.
Para o ano de 2026, a estimativa do IPCA recuou pela quinta vez seguida, passando de 4,41% para 4,40%. Analisando apenas as 58 previsões recentes, houve uma leve elevação, de 4,35% para 4,40%.
O Banco Central (BC) projeta que o IPCA alcance 4,9% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme divulgado no último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom). No primeiro trimestre de 2027, que é o horizonte relevante, a expectativa é de uma inflação acumulada em 12 meses de 3,4%.
Na decisão mais recente, o comitê manteve a taxa Selic em 15,0%, indicando uma pausa no ciclo de aumento dos juros com a intenção de avaliar os efeitos das medidas tomadas até agora, além de determinar se a taxa mantida por um período prolongado será suficiente para aproximar a inflação da meta.
Desde este ano, a meta de inflação é contínua, baseada no IPCA acumulado nos últimos 12 meses, com o centro na taxa de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Se a inflação ultrapassar esse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC não alcançou a meta, o que ocorreu após o IPCA de junho. Em resposta, a autoridade monetária divulgou uma carta aberta reforçando a expectativa de que a taxa caia abaixo de 4,50% até o fim do primeiro trimestre de 2026.
Para 2027, a mediana do Focus manteve-se em 4,0% pela 26ª semana seguida, e a previsão para 2028 permaneceu em 3,80%, sem alterações recentes.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login