Conecte Conosco

Mundo

Hamas aprova nova pausa no conflito em Gaza

Publicado

em

O grupo armado islâmico Hamas aceitou uma nova proposta para um cessar-fogo em Gaza, que inclui uma trégua temporária e a liberação de prisioneiros, segundo uma fonte do movimento à AFP nesta segunda-feira (18).

“Hamas enviou sua resposta aos mediadores, confirmando que tanto o Hamas quanto suas facções concordam com o novo cessar-fogo sem pedir nenhuma mudança”, afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.

A recente proposta entregue ao grupo prevê uma trégua inicial de 60 dias e a liberação dos reféns em duas fases, como uma etapa preliminar para um acordo final, conforme revelou um funcionário palestino hoje.

Gaza, Egito e Catar, países que, junto com os Estados Unidos, atuam como intermediários nas negociações entre Israel e Hamas, ainda não conseguiram assegurar um cessar-fogo permanente no conflito que já dura 22 meses e causou uma crise humanitária grave na Faixa de Gaza.

Uma fonte da Jihad Islâmica, grupo armado aliado ao Hamas, relatou que o acordo propõe uma “trégua de 60 dias durante a qual 10 reféns israelenses serão libertados vivos junto com vários corpos”.

Dos 251 reféns capturados pelo Hamas durante o ataque que iniciou a guerra em outubro de 2023, 49 permanecem em Gaza, incluindo 27 corpos, de acordo com dados do Exército israelense.

De acordo com uma fonte da Jihad Islâmica, “os demais prisioneiros serão libertados numa segunda etapa, seguida imediatamente por negociações para um acordo mais abrangente” que encerrará definitivamente a “guerra e agressão”, com garantias internacionais.

A fonte acrescentou que todas as facções apoiam a proposta apresentada pelos mediadores do Egito e do Catar.

O chanceler do Egito, Badr Abdelatty, que visitou hoje a passagem de Rafah, na fronteira com Gaza, ressaltou a urgência de alcançar um acordo devido às condições humanitárias críticas enfrentadas pelos mais de dois milhões de habitantes da região, que, conforme a ONU e organizações de ajuda, enfrentam fome severa.

“A situação atual no terreno é inimaginável”, declarou o ministro.

Crise humanitária e acusações

A Defesa Civil de Gaza informou que 11 pessoas morreram nesta segunda-feira em decorrência de ataques israelenses no território palestino.

A AFP não teve como verificar de forma independente as informações da Defesa Civil palestina ou do Exército israelense devido às restrições à imprensa em Gaza e ao difícil acesso à região.

A organização de direitos humanos Anistia Internacional acusou Israel hoje de conduzir “uma campanha deliberada de fome” em Gaza, além de destruir sistematicamente a saúde, o bem-estar e a estrutura social do território.

Israel negou alegações semelhantes anteriormente, mas continua restringindo severamente o fluxo de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas que desencadeou a guerra em outubro de 2023 causou 1.219 mortes, a maioria civis, segundo levantamento baseado em dados oficiais.

A resposta militar de Israel deixou quase 62.000 palestinos mortos, em sua maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza, que a ONU considera confiáveis.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados