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O primeiro encontro ao vivo

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A população do Distrito Federal pode acompanhar, na noite de ontem (19), o primeiro debate televisionado entre os candidatos ao Palácio do Buriti. O encontro foi promovido pela TV Bandeirantes, no Teatro Ulysses Guimarães, na faculdade Unip, na Asa Sul, e foi transmitido ao vivo pela emissora, além da rádio Band News.

Compareceram ao encontro os candidatos Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR), Rodrigo Rollemberg (PSB), Luiz Pittiman (PSDB) e Toninho do PSOL (PSOL). A mediação do debate ficou a cargo do jornalista Rodrigo Orengo, e foi dividido em cinco blocos, onde os postulantes ao GDF puderam detalhar planos de governo, questionar seus adversários e, ainda, responder perguntas selecionadas pela produção da emissora.

O atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, procurou defender sua gestão e detalhar suas ações para os próximos quatro anos. De acordo com Agnelo, se for reeleito, vai continuar as mudanças na saúde pública, na educação e no transporte público. “Vamos construir novas UPAs, creches e concluir a revolução no transporte coletivo no DF”, afirmou. “Quero implantar o ensino integral em todo o DF, e já estamos caminhando nesse sentido”, disse.

José Roberto Arruda procurou ressaltar, em mais de uma oportunidade, que foi “tirado do governo com provas falsas apresentadas por opositores”. O ex-governador disse que, caso eleito, vai cortar gastos na máquina pública. “Eu fui tirado do governo com provas falsas, que eram de quando eu ainda não estava no governo. Mas, se eu for eleito, assim como mostram as pesquisas, vou cortar o número de secretaria pela metade”, afirmou. Arruda também fez comparações entre a sua gestão e a atual, afirmando que irá retomar o trabalho que foi interrompido.

O candidato Toninho do PSOL foi enfático na defesa de Lei da Ficha Limpa. Um dos mais provocadores da noite, Toninho pediu que as pessoas escolham bem seu candidato, avaliando a ficha de cada um. O político disse que vai concentrar seus esforços para melhorar a saúde pública e trazer de volta o programa Saúde em Casa. “No meu governo, os médicos vão passar de casa em casa. Vamos reviver o programa Saúde em Casa e acabar com a lotação dos hospitais. E, assim que assumir, vou instaurar uma auditoria nas obras do Mané Garrincha, pois a sociedade merece saber como foi empenhado o dinheiro”, disse.

Já Luiz Pittiman preferiu focar no ajustes das contas públicas. “A minha ideia é colocar painéis no centro das cidades e locais bem movimentados para prestar contas à população. Vamos reduzir o número de secretarias e fazer um plano de transparência das contas públicas”, prometeu. Pittiman também se envolveu em uma polêmica com o governador Agnelo sobre sua saída do governo – ele foi secretário de Obras na gestão do petista. Enquanto Agnelo afirmava ter demitido o candidato do PSDB, Pittiman sustentava ter pedido demissão do governo. Por fim, um direito de resposta foi concedido para cada um dos debatedores.

Rodrigo Rollemberg usou a estratégia de apresentar propostas sem se envolver em grandes polêmicas. O senador afirmou que irá investir no empreendedorismo e no desenvolvimento científico e tecnológico. “Vamos criar ações para desenvolver o comércio e reduzir a burocracia para que novos negócios surjam no DF. Vamos combater a corrupção e investir nas áreas de ciência e tecnologia”, disse.

Ao final, os candidatos puderam fazer suas considerações finais, sempre girando em torno de temas cruciais para a população, como saúde, educação, segurança pública e geração de empregos. O debate terminou já no início da madrugada de hoje (20).

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