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Economia

Ibovespa sobe e volta aos 137 mil pontos após queda

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Com suporte das principais ações, exceto a Vale (ON -0,23%), o Ibovespa interrompeu nesta segunda-feira (18) uma sequência de três quedas e retornou ao nível dos 137 mil pontos, patamar visto também no fechamento da última terça-feira, o maior desde 8 de julho, véspera da alta tarifária dos Estados Unidos.

Hoje, o índice variou entre 136.340,60 pontos no início do pregão, até o pico de 137.901,59 pontos no começo da tarde. No fechamento, subiu 0,72%, encerrando em 137.321,64 pontos, ligeiramente abaixo do recorde da última terça-feira em torno de 137,9 mil. O volume financeiro alcançou R$ 19,8 bilhões. No mês, o Ibovespa acumula alta de 3,19%, enquanto no ano o avanço é de 14,17%.

Em um pregão com bastante oscilação, os contratos futuros do petróleo fecharam acima de 1% de alta. O mercado acompanha com atenção a reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus para discutir o término da guerra na Ucrânia. Os investidores monitoram também os acontecimentos no Oriente Médio.

Na B3, além da Petrobras (ON +0,80%, PN +0,63%), as ações de destaque se recuperaram após uma sexta-feira de estabilidade, enquanto investidores aguardavam detalhes sobre o conflito na Ucrânia. Essa expectativa se estendeu para hoje, em um cenário de encontros na Casa Branca, como destaca o economista Ian Lopes, da Valor Investimentos.

As maiores valorizações do Ibovespa foram da Raízen (+10,58%), com possível investimento da Petrobras na companhia, seguida da Cosan (+5,29%) e Auren (+4,72%). No lado oposto, Prio (-3,14%), Natura (-3,06%) e Cyrela (-1,59%) ficaram entre as maiores quedas. Os bancos apresentaram ganhos entre 1,26% (Santander Unit) e 2,03% (Banco do Brasil ON).

Conforme o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, mais de 80% das ações do Ibovespa fecharam em alta no início da semana, aproximando o índice dos 140 mil pontos, próximo da máxima histórica de 141 mil pontos registrada em 4 de julho. Ele ressaltou que o principal tema no mercado é o momento adequado para cortes na taxa de juros, com previsão do IPCA abaixo de 5% para o ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou um desempenho inferior às expectativas, sinalizando uma desaceleração na atividade econômica e causando uma convergência das taxas futuras para patamares menores, já que o índice serve como proxy para o PIB.

Nesta segunda-feira, destaque para a divulgação do IBC-Br, reforçando a ideia de que a política monetária está apresentando efeitos na economia, segundo Ian Lopes. Segundo o UBS BB, o núcleo do índice de junho já está abaixo do potencial de crescimento, resultado dos recuos na agropecuária (-2,3%) e indústria (-0,1%), enquanto os serviços mantiveram leve crescimento de 0,1%.

O IBC-Br registrou queda de 0,1% em junho na comparação com o mês anterior, ajustado sazonalmente, próximo ao limite inferior das projeções do mercado. A mediana das previsões indicava uma alta leve de 0,05%, informou a jornalista Ana Scabello.

No cenário internacional, Donald Trump declarou que em uma ou duas semanas o mundo saberá se um acordo para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia será alcançado. Segundo o ex-presidente, o líder russo Vladimir Putin está buscando uma solução para o conflito e, apesar do otimismo em relação a um cessar-fogo, ressaltou que o acordo pode não ser possível.

Essas declarações foram feitas na Casa Branca antes da reunião bilateral entre Trump, Zelensky e líderes europeus. Trump mencionou ainda a possibilidade de um encontro trilateral entre Zelensky e Putin como um passo importante para avançar nas negociações de paz.

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