Comentários políticos marcam debate em site dos EUA sobre processo contra Brasil

No portal que agrega opiniões de cidadãos ao Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), diversas mensagens têm se destacado, não pelas análises técnicas ao processo aberto pelo governo dos EUA contra supostas práticas comerciais injustas do Brasil, mas pelas manifestações de teor político.

Além das defesas de entidades empresariais dos setores investigados, uma seção do site do USTR destinada a comentários do público foi invadida por palavras de ordem políticas, tanto em português quanto em inglês.

Após o presidente Donald Trump anunciar, em 9 de julho, a taxação de 50% sobre produtos brasileiros a partir deste mês, autoridades americanas iniciaram investigações contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA.

O governo brasileiro enviou uma carta respondendo às acusações relacionadas a áreas como finanças, comércio, digital, desmatamento, combate à corrupção e propriedade intelectual.

O portal do USTR recebe manifestações diversas. Entre elas, nomes como “Aqui é Brasil” e “Respect our Brazil” clamam pela soberania nacional. Uma entidade anônima declarou-se “Não quero perder meu emprego (arquiteto de software)”.

Outra mensagem intitulada “Bolsonaro Preso” foi assinada como “Familícia na cadeia”.

Houve também manifestações como a de Cythia Miavarra, afirmando que “Pix é superior”, e a de Jacielly Santos: “Nenhuma, mas vocês dizem que é Pix”.

Além disso, aparecem grupos como a “Associação dos chuveiros queimados”, ilustrada com a foto de um chuveiro com fios chamuscados, e outro grupo denominado “Pois são comédia”. Entre as mensagens políticas, há ao menos vinte expressões semelhantes. Algumas defesas feitas sem documentos anexos usam nomes conhecidos, como o da ex-chacrete Rita Cadillac.

Uma das imagens anexadas mostra um cartaz com foto do ex-presidente Lula acompanhado da frase: “Esta nação possui leis, normas e um verdadeiro dono, que é o povo brasileiro”, com a inscrição “Brasil livre e soberano”.