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Governadores de direita afastam Bolsonaro e causam descontentamento entre seus aliados
A agenda política conduzida por governadores de direita após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem provocado insatisfação no chamado “núcleo raiz” do bolsonarismo.
Aliados atribuíram a postagem do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), replicada por seu irmão Eduardo Bolsonaro (PL), na qual classificava os “governadores democráticos” como “ratos” e “cúmplices covardes”, como uma reação do clã Bolsonaro às declarações eleitorais de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, afilhado político de Bolsonaro, e ao lançamento oficial da pré-candidatura do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), à Presidência da República.
O pastor Silas Malafaia, principal organizador dos atos a favor de Bolsonaro, afirmou concordar plenamente com a posição de Carlos Bolsonaro e apontou que os presidenciáveis de direita, que dependem do eleitorado bolsonarista para serem competitivos em 2026, têm sido omissos diante da atual situação política do país.
Além disso, o líder religioso destacou a indignação de Carlos ao ver o pai debilitado e clamando por uma reação firme contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelos processos contra o ex-presidente bolsonarista.
Desde 4 de agosto, Bolsonaro está em prisão domiciliar por determinação do STF, acusado de tentativa de golpe de Estado, com julgamento marcado para setembro.
Atividades políticas recentes
No último evento de agronegócio promovido pelo banco BTG Pactual em São Paulo, governadores de direita criticaram duramente o governo do PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, posicionando-se como uma nova geração de políticos aptos a governar o país. Curiosamente, nenhum deles mencionou Bolsonaro ou Alexandre de Moraes diretamente.
Tarcísio de Freitas intensificou reuniões com empresários e representantes do mercado financeiro, enquanto Romeu Zema lançou sua pré-candidatura em evento envolvendo críticas ao PT e ao ministro do STF, mas sem menções diretas a Bolsonaro.
Críticas do clã Bolsonaro
Aliados do ex-presidente reclamam que os governadores não priorizam a anistia aos envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023 e evitam críticas diretas a Alexandre Moraes. Para essa ala, a abordagem correta seria insistir na ideia de que a eleição sem Bolsonaro seria um golpe.
Apesar de algumas críticas públicas de Tarcísio ao processo contra Bolsonaro, parte dos bolsonaristas vê seu discurso como submissão ao sistema e falta de contundência contra o ministro do STF.
A prisão domiciliar e a impossibilidade de comunicação do ex-presidente têm dificultado as articulações do grupo para as eleições de 2026.
Posicionamento de Carlos e Eduardo Bolsonaro
Em rede social, Carlos Bolsonaro postou duras críticas aos “governadores democráticos,” comparando-os a ratos e os qualificando como cúmplices covardes, em defesa de seu pai, que descreveu como preso e adoecido, sendo lentamente prejudicado a cada dia.
Ele acusou esses líderes de se preocuparem apenas com seus interesses pessoais e as demandas do mercado, qualificando essa postura como desumana, suja, oportunista e inescrupulosa, fingindo agir em prol do país enquanto se escondem atrás de uma falsa prudência técnica.

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