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Israel aprova plano para novas moradias na Cisjordânia

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Israel aprovou nesta quarta-feira (20) um projeto fundamental para construir 3.400 residências na Cisjordânia ocupada, uma área palestina que, conforme críticos, seria dividida em duas partes, dificultando a formação de um Estado palestino continuar unido territorialmente.

Guy Yifrah, prefeito da colônia israelense de Ma’ale Adumim, situada a leste de Jerusalém, informou em um comunicado que o planejamento para o bairro E1 foi aprovado pela administração civil há pouco tempo.

Este projeto, emblemático e polêmico, gerou forte resistência internacional na semana passada, com organizações como a ONU e a União Europeia solicitando que Israel abandone sua construção.

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, conhecido por suas posições de extrema direita, pediu na última quinta-feira que o projeto fosse implementado rapidamente e defendeu a anexação da Cisjordânia — um território palestino ocupado desde 1967 — como reação às declarações de alguns países sobre a intenção de reconhecer um Estado palestino.

A ONG israelense Paz Agora, contrária à expansão das colônias, alertou que o plano é extremamente prejudicial para o futuro de Israel e inviabiliza qualquer chance de uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino.

A Cisjordânia abriga cerca de três milhões de palestinos, além de aproximadamente 500.000 israelenses vivendo em colônias consideradas ilegais pela ONU segundo o direito internacional.

Desde 1967, governos israelenses, independentemente de serem de esquerda ou direita, mantiveram e até intensificaram a colonização na Cisjordânia, localizada na fronteira com a Jordânia. Essa intensificação foi especialmente notória após o ataque inesperado do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra em Gaza.

Os confrontos entre os moradores palestinos locais, o exército israelense e colonos judeus têm se tornado cada vez mais frequentes e, por vezes, violentos.

As autoridades de Israel impõem severas restrições aos deslocamentos dos palestinos na Cisjordânia, que precisam obter permissões para passar por pontos de controle e acessar Jerusalém Oriental, área ocupada e anexada, e outras regiões dentro de Israel.

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