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Petrobras retoma distribuição de GLP e se alinha a grandes petroleiras globais

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A maior parte das principais companhias petrolíferas do mundo, sejam estatais ou privadas, mantém operações no segmento de distribuição, considerado fundamental para assegurar equilíbrio financeiro e operacional, garantir a segurança no abastecimento e exercer maior controle sobre os preços, conforme levantamento do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), divulgado na última quarta-feira (20) pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

O estudo aponta que, entre as 16 petroleiras analisadas, considerando os indicadores de lucro sobre receita e valor de mercado, apenas três – Petrobras, Equinor e QatarEnergy – não atuam no segmento de distribuição.

A FUP defende o retorno da Petrobras a esse mercado, destacando que as restrições contratuais herdadas do governo anterior dificultam um progresso mais significativo.

Mahatma Ramos, diretor do Ineep, ressalta: “O anúncio do retorno da Petrobras ao mercado de distribuição de GLP (gás de cozinha) representa um passo importante para recuperar a empresa como uma entidade integrada e capaz de atuar como instrumento de política pública no Brasil”.

A Petrobras deixou o segmento de distribuição em 2019, com a conclusão da privatização da BR Distribuidora. Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, a saída da Petrobras da distribuição diminuiu a capacidade do país de coordenar o setor e de mitigar os impactos das flutuações internacionais nos preços.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que, entre janeiro de 2023 e abril de 2025, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras caiu 23,9%, a gasolina reduziu 2,2% e o gás de cozinha 17%. Contudo, no mesmo período, para o consumidor final, a gasolina subiu 25,5%, o diesel teve queda de apenas 2,3% e o gás de cozinha caiu apenas 0,7%.

A FUP destaca ainda que entre janeiro de 2023 e início de agosto de 2025, apesar das reduções de 6,5% na gasolina, 26,6% no diesel e 6,9% no gás de cozinha nas refinarias, os preços ao consumidor tiveram comportamentos distintos: a gasolina aumentou 21,1%, enquanto o diesel e o gás apresentaram quedas de apenas 7,4% e 0,6%, respectivamente.

Para o Ineep e a FUP, o retorno da Petrobras ao segmento de distribuição assegurará que as diminuições de preço promovidas nas refinarias sejam efetivamente repassadas para os consumidores, beneficiando diretamente o bolso da população.

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