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Economia

CNI organiza missão empresarial aos EUA para discutir tarifas e proteger interesses do Brasil

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O vice-presidente Geraldo Alckmin se encontrou nesta quarta-feira com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, que apresentou os detalhes da missão empresarial voltada para negociar as tarifas impostas pelos Estados Unidos, em Washington.

Segundo a CNI, a missão ocorrerá nos dias 3 e 4 de setembro, reunindo associações setoriais, federações estaduais e grandes empresas com o propósito de ampliar o diálogo entre os setores produtivos e o governo americano.

Em agosto, o governo dos EUA implementou uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, que soma-se aos 10% anunciados em abril, totalizando 50% de taxação.

Quase 700 itens, dentre os quatro mil que o Brasil exporta para os EUA, foram exceções a essa taxa extra de 40%.

O governo e empresários brasileiros continuam buscando incluir mais produtos na lista de isenções. Hoje, Alban destacou a necessidade de uma ação conjunta entre governo e indústria para enfrentar as dificuldades trazidas pela tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras e afirmou que o setor empresarial tentará garantir novas exceções.

— Nosso objetivo é convencer o lado americano, apresentando propostas práticas e de interesse comum, para acelerar as negociações e incorporar setores importantes, inclusive aqueles com menor impacto financeiro, porém com grande relevância industrial — explicou Alban na sede da CNI, em Brasília.

A missão tem uma agenda que prevê reuniões com escritórios de advocacia e lobbying, encontros na Embaixada do Brasil em Washington, diálogos com líderes da US Chamber of Commerce e autoridades do governo americano.

Também está prevista uma sessão com empresários dos dois países e participação em audiência pública do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), no contexto da investigação da Seção 301, sobre supostas práticas comerciais injustas do Brasil.

O setor industrial brasileiro pretende apresentar propostas alinhadas aos interesses americanos, como parcerias para produção de combustível sintético para aviação (SAF) e etanol, instalação de data centers no Brasil e exploração de minerais estratégicos.

— Queremos demonstrar que há espaço para uma negociação séria, técnica e comercial, que beneficie ambos os lados — afirmou o presidente da CNI.

A comitiva contará com dirigentes de associações setoriais, federações estaduais e empresas como:

  • Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq);
  • Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq);
  • Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit);
  • Associação Brasileira de Alumínio (Abal);
  • Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec);
  • Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimc);
  • Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé);
  • Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas (ABFA);
  • Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos (Anfacer);
  • Associação Brasileira de Rochas Naturais (CentroRochas);
  • Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB);
  • Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg);
  • Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc);
  • Tupy;
  • Embraer;
  • Stefanini;
  • Novelis;
  • Siemens Energy.
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