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Governo enfrenta dificuldades na CPI do INSS e busca acordo para vice-presidência

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Integrantes da base governista reconheceram os problemas na organização para eleger a liderança da CPI do INSS, que teve início na quarta-feira (20) no Congresso Nacional. O senador Omar Aziz (PSD-AM), considerado favorito e apoiado pelo Planalto e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), acabou derrotado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), que foi eleito presidente por 17 votos contra 13.

Esse resultado se deveu à ausência de membros da base aliada e ao avanço de suplentes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que participaram da votação no lugar dos titulares do governo.

Segundo o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), “Temos a maioria dos membros da comissão e esta CPI não servirá para beneficiar a oposição. Isso não é uma tragédia para o governo, pois desejamos investigação. O que ocorreu foi uma questão de regimento. Os três primeiros suplentes fazem parte do PL e fizeram a diferença. Não esperávamos que o deputado Rafael, do MDB, estaria fora do país. Essa situação será resolvida. Manteremos a maioria e a CPI não será usada para autopromoção da oposição.”

A falta de articulação ficou clara com vários parlamentares ausentes, entre eles os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Cid Gomes (PDT-CE), e os deputados Rafael Brito (MDB-AL), Mário Heringer (PDT-MG), Romero Rodrigues (Podemos-PB) e Bruno Farias (Avante-MG).

O deputado Rogério Correia (PT-MG), que é suplente da comissão, explicou a dinâmica que prejudicou a base governista: “Dois dos nossos não compareceram e os suplentes do PL foram votados conforme a ordem de proporcionalidade do regimento do Senado; o placar ficou 17 a 14; se tivéssemos 15 a 16 ganharíamos. Estamos planejando a reação e a vice-presidência pode ser uma opção.”

Parlamentares pró-governo se reuniram na tarde do mesmo dia para definir as próximas ações na CPI. Estavam presentes Randolfe Rodrigues e os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara. Parte do grupo defende que a indicação do vice-presidente da comissão seja uma forma de resposta política, mesmo reconhecendo que o cargo tenha pouca influência prática. A decisão ficará para a próxima sessão.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) ressaltou que a prioridade deve ser o entendimento com a presidência da CPI: “Precisamos aceitar a derrota e focar nos requerimentos. Temos maioria, mas é necessário que todos estejam presentes. O desafio maior é que a pauta é definida pelo presidente. Teremos que buscar um meio, tentar forçar um acordo. O presidente Carlos Viana é da oposição, porém não demonstra radicalismo.”

Alencar Santana (PT-SP) explicou que a presença dos suplentes seguiu a norma do regimento: “Os suplentes são chamados pela ordem de seus blocos e os três primeiros suplentes do PL na Câmara foram chamados por ser o maior partido. Rafael Brito estava em missão oficial, Mário e Romero estavam ausentes.”

A estratégia dos governistas será conectar as denúncias de fraudes a administrações passadas, evitar confrontos em temas delicados, como possíveis convocações dos ministros da Previdência Carlos Lupi, de seus antecessores Wolney Queiroz, do presidente do INSS Gilberto Waller Júnior, e do ex-chefe Alessandro Stefanutto. Esses pontos ainda serão debatidos nas próximas reuniões da comissão.

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