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PF indícia Allan dos Santos por desobediência e crimes contra honra

A Polícia Federal (PF) formalizou o indiciamento do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos por desobediência, incitação ao crime, difamação e injúria. Allan dos Santos possui prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em outros inquéritos e está foragido desde 2021.
O relatório com o indiciamento foi enviado ao STF nesta quarta-feira. Nele, consta que as evidências reunidas, como mensagens falsas e ofensivas, manipulação de conteúdo, insultos, criação sistemática de novos perfis para desrespeitar ordens judiciais e conteúdo de incitação configuram um conjunto sólido de indícios da autoria e materialidade dos crimes.
Agora, caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresentará denúncia formal. O relator do inquérito no STF é o ministro Alexandre de Moraes.
Allan dos Santos já teve dezenas de perfis em redes sociais desativados por determinação do STF, porém segue criando novas contas. A PF identificou uma conta no X, considerada a 47ª vinculada a ele. Segundo a PF, essa prática de gerar perfis para contornar decisões judiciais de bloqueio pode caracterizar o crime de desobediência a ordem judicial.
O relatório também destaca que as manifestações de Allan dos Santos, especialmente ligadas a um contexto de ‘milícia digital’, objetivam incitar publicamente a prática de delitos por terceiros, como ataques a instituições e seus representantes.
A prisão de Allan dos Santos foi inicialmente decretada pelo ministro Alexandre de Moraes em 2021, atendendo pedido da PF, por suspeitas de envolvimento em organização criminosa e crimes contra a honra, além de incitação a crimes, preconceito e lavagem de dinheiro. Em 2022, uma nova prisão foi decretada em razão de ataques dirigidos a membros da PF, interpretados como tentativa de obstrução da justiça.
O Ministério da Justiça encaminhou pedido de extradição de Allan dos Santos aos Estados Unidos ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, porém, até o momento, não houve decisão por parte das autoridades americanas, que solicitaram mais informações sobre os delitos cometidos pelo brasileiro.

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