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Quem lidera a CPI do INSS: votaram contra Lula e criticam o STF

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A oposição alcançou um importante triunfo ao formar a CPI do INSS. A presidência da comissão ficou com dois políticos que têm postura crítica em relação ao governo de Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF): o senador Carlos Viana (Podemos-MG), que foi eleito presidente, e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), nomeado relator.

A escolha evidenciou a fragilidade da base governista no Senado, visto que Viana venceu o senador Omar Aziz (PSD-AM) por 17 votos a 13. Isso cria condições para que a investigação avance em um clima de confronto.

Viana tem nos últimos anos adotado discurso contra o que chama de “ativismo judicial”. Ele é um dos senadores que apoiou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, alinhando-se com segmentos bolsonaristas. Propôs uma emenda constitucional para impedir ministros dos tribunais superiores de fazer declarações políticas, sob pena de crime de responsabilidade — uma mensagem direta ao STF, que acusa de agir com vaidade e centralizar poder excessivamente.

O presidente da CPI teve posições contrárias a medidas do governo, como o voto contra o decreto de intervenção federal na segurança do Distrito Federal, adotado por Lula após os atos de 8 de janeiro de 2023. Entre os opositores estavam figuras do grupo bolsonarista, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Também se posicionou contra projetos defendidos pela base do governo, como a criação de novas regras para o pagamento de emendas parlamentares.

À frente da CPI, Viana chega com força política para defender que o Legislativo limite os excessos tanto do Judiciário quanto do Executivo.

Como relator, Alfredo Gaspar tem histórico de críticas contundentes ao governo em áreas sociais importantes. Ele contestou cortes no Bolsa Família e responsabilizou a administração petista pela alta da inflação, qualificando o governo como irresponsável e insensível às populações mais vulneráveis. Também votou contra aumento do IOF e reajuste na conta de luz, afirmando que age em defesa do cidadão.

Gaspar afirmou que Lula “fala em proteger os vulneráveis, mas governa sem sensibilidade”. Ele também já criticou fortemente o STF, qualificando como autoritarismo o poder concentrado em um só ministro e pedindo limites para a chamada “ditadura da toga”.

O perfil dos dois dirigentes cria um ambiente propício a embates na CPI do INSS, que investiga possíveis irregularidades em descontos sobre aposentadorias e pensões — tema delicado para milhões de beneficiários e com alto potencial de desgaste político. Liderada por parlamentares que se posicionam contra o governo e o STF, a comissão tende a um enfrentamento institucional.

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