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Carolina do Norte se prepara para risco de inundações pelo furacão Erin

O furacão Erin, classificado como categoria 2, representa uma ameaça para a costa da Carolina do Norte nesta quarta-feira (2), trazendo risco de ondas fortes e potencial para inundações. Diante do agravamento da tempestade, as autoridades locais emitiram ordens de evacuação obrigatórias.
No sudeste dos Estados Unidos, o estado ainda se recupera dos efeitos letais deixados pelo furacão Helene em 2024, e uma situação de emergência foi decretada na terça-feira passada. Espera-se que os efeitos mais intensos do Erin se manifestem entre a noite de quarta-feira e a quinta-feira.
Josh Stein, governador do estado, informou a jornalistas: “De acordo com os prognósticos atuais, esperamos inundações na costa causadas por ondas grandes, ventos com força de tempestade tropical e elevação do nível do mar na maior parte do litoral, especialmente na região de Outer Banks, da noite de hoje até quinta-feira”.
Stein reforçou a importância de os moradores levarem as recomendações locais a sério, preparando malas com suprimentos suficientes para cinco dias, incluindo alimentos e água.
“Já organizamos três equipes de resgate aquático rápidas e mobilizamos 200 membros da Guarda Nacional nas áreas costeiras, equipados com botes, veículos e aeronaves”, complementou o governador.
Segundo dados do Centro Nacional de Furacões (NHC), Erin está localizado a 560 km a sudeste da Carolina do Norte, apresentando ventos máximos de 175 km/h e com previsão de intensificação.
A região de Outer Banks, que sofre com elevação do nível do mar e erosão, pode ser atingida por ondas de até 6 metros de altura.
Uma vasta área que compreende a costa da Carolina do Norte, o sul da Virgínia e as Bermudas está sob vigilância devido à possibilidade de formação de tempestade tropical de menor intensidade.
Além das inundações na Carolina do Norte, quase toda a costa leste dos Estados Unidos enfrenta riscos causados pelo aumento significativo das marés.
Foram determinadas evacuações obrigatórias para as ilhas de Ocracoke e Hatteras, enquanto os condados de Dare e Hyde declararam situação de emergência, conforme informado pelo gabinete do governador Stein.
A temporada de furacões no Atlântico acontece entre 1º de junho e 30 de novembro. Mesmo tendo começado de forma relativamente tranquila, com apenas quatro tempestades nomeadas até o momento, o Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) monitoriza uma temporada considerada “acima do normal”.
Especialistas afirmam que as alterações climáticas estão contribuindo para o fortalecimento dos ciclones tropicais. Temperaturas maiores nos oceanos intensificam os ventos; uma atmosfera mais quente resulta em chuvas mais fortes, e o aumento do nível do mar eleva a frequência e intensidade das tempestades.
Além disso, existem indícios, ainda que com menor grau de certeza, de que as mudanças climáticas estão favorecendo o aumento na frequência dos furacões.

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