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PF investiga vandalismo a sala de professor na UnB
A Polícia Federal investiga ato de vandalismo que destruiu uma janela do prédio de engenharia florestal da Universidade deBrasília (UnB), no Distrito Federal. Um bloco de concreto foi usado para quebrar a parede de vidro da sala de um professor, que encontrou os estilhaços ao chegar para a aula nesta segunda-feira (25).
Uma equipe de policiais federais fez perícia no local no início da tarde desta segunda (25), mas não adiantou detalhes do relatório. Até as 16h30, a ocorrência ainda não havia sido registrada na Polícia Federal.
O professor, que não quis ter o nome divulgado, disse que acredita em ato planejado por estudantes que consomem drogas no local. “Sou o único professor da engenharia florestal que combate o uso de drogas aqui nas imediações. É a segunda vez que quebram minha sala”, afirma.
Os estudantes do curso refutam a acusação, e afirmam que a falta de segurança é um problema no local.
“Pode ter sido represália, assim como pode ter sido ação dos mendigos e usuários de crack que moram aqui na UnB. Tem muita gente morando aqui perto, assustando os alunos, praticando assaltos, e ninguém faz nada. Não dá pra apontar o dedo para os estudantes”, afirma um aluno do 11º semestre de engenharia florestal e membro do centro acadêmico, que não quis se identificar.
O diretor da Faculdade de Tecnologia da UnB, Antônio Brasil Junior, diz reconhecer o problema de infraestrutura no prédio, mas afirma que investimentos foram feitos para melhorar a segurança dos alunos. “No ano passado, empregamos R$ 180 mil em equipamentos de segurança, dinheiro que poderia ir para a pesquisa, para equipamentos de aula”, afirma.
Discussão antiga
O professor que teve a sala destruída afirma que o combate às drogas é antigo na Faculdade de Tecnologia (FT), onde fica o curso de engenharia florestal. Em 2009, ele enviou um documento à Procuradoria de Justiça do DF que resultou na abertura de um inquérito da Polícia Civil para investigar o consumo de maconha e outras drogas no ambiente universitário.
“Nas várias ocasiões em que fui intoxicado pela fumaça da droga em minha sala de trabalho, tive que paralisar minhas atividades acadêmicas, o que tem prejudicado o meu rendimento profissional”, diz o professor no documento de 2009.
Os alunos de engenharia florestal afirmam que o consumo de drogas e a insegurança no local são problemas conhecidos, mas que a segurança da universidade faz pouco sobre o assunto.
“Não temos câmeras nem iluminação apropriada. Pedimos aos estudantes que não fumem aqui perto, que respeitem aqueles que não fumam, mas nem sempre é possível controlar. Quem deve fornecer segurança é a própria UnB”, diz uma das alunas.
O diretor da faculdade afirma que mais R$ 12 mil serão retirados do orçamento deste ano para instalar três câmeras na lateral do prédio, em frente à porta do centro acadêmico de engenharia florestal e à parede destruída pelo bloco de concreto. Segundo ele, a instalação deve ser feita até o fim do ano.
Fonte: G1
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