Economia
Petróleo sobe com tensões globais e estoques baixos nos EUA

Os contratos futuros do petróleo encerraram o pregão de quarta-feira, dia 20, em alta, com investidores atentos às compras de petróleo russo e às tensões internacionais, além da notícia de que os estoques da commodity nos Estados Unidos diminuíram mais do que o previsto na semana anterior.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou com valorização de 1,52% (US$ 0,94), cotado a US$ 62,71 o barril. Já o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 1,59% (US$ 1,05), atingindo US$ 66,84 o barril.
Peter Navarro, assessor do presidente dos EUA, criticou novamente a compra de petróleo russo feita pela Índia, afirmando que a suspensão dessas aquisições poderia contribuir para o fim do conflito na Ucrânia.
De acordo com a BOK Financial, as informações sobre o aumento nas compras da Índia podem indicar uma possível flexibilização das sanções, enquanto fatores favoráveis a curto prazo incluem os estoques de petróleo bruto dos EUA abaixo da média dos últimos cinco anos e a demanda quase recorde por combustível para aviação para esta época do ano.
Os estoques americanos de petróleo caíram 6,014 milhões de barris, totalizando 420,684 milhões de barris na última semana, conforme dados do Departamento de Energia (DoE). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam uma queda menor, de 1,5 milhão de barris.
No Oriente Médio, as tensões persistem, com o exército de Israel convocando dezenas de milhares de reservistas para ampliar as operações militares na Cidade de Gaza. O governo israelense também aprovou um controverso projeto de assentamento na Cisjordânia, que poderá dividir o território em duas partes.
Apesar dos conflitos comerciais e geopolíticos em curso, o MUFG prevê que os preços do petróleo podem cair até o final do ano, devido à expectativa de oferta excedente pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+). O banco japonês estima que o Brent recuará para US$ 65 por barril até dezembro.

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