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Alcolumbre afirma sofrer intolerância e não cederá a pressões

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou hoje que está enfrentando intolerância religiosa devido aos seus posicionamentos.
Durante o lançamento do livro do ex-ministro Edison Lobão no Congresso, Alcolumbre pediu que as pessoas parem com a polarização e lembrou que as eleições são somente no próximo ano. Ele já havia solicitado algo semelhante na terça-feira. Sendo o primeiro presidente judeu do Senado, Alcolumbre relatou que frequentemente é atacado em função da sua fé.
— Não vou mudar o que acredito ser correto para o povo brasileiro. Confesso a vocês que ainda não analisei o relatório da minha equipe sobre as menções na internet, mas minha secretária me informa constantemente que sou alvo de ataques religiosos nas redes sociais.
Ele ressaltou que: “Na última vez em que isso aconteceu, mais de 6 milhões de pessoas foram mortas durante o Holocausto. Não falo isso por crença religiosa ou ideológica. Isso está errado. O Brasil precisa superar esse clima eleitoral.”
Alcolumbre pediu que os senadores deixassem de lado as disputas eleitorais. Seu apelo ocorreu no mesmo dia em que a oposição renovou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na última semana, ele reiniciou as atividades do Senado após dois dias de paralisação provocada por discordâncias da oposição relacionadas à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em resposta, lideranças da oposição apresentaram acréscimos ao pedido de impeachment, alegando que medidas como a tornozeleira eletrônica imposta ao senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o bloqueio de seus bens configuram censura e restrições essenciais à sua atuação parlamentar.
Alcolumbre tem deixado claro aos senadores que não pretende pautar esse impeachment.
— Este espaço deve fomentar o diálogo, não os confrontos. Quero refletir com todos: muitas vezes o ódio e as agressões substituem o amor. Não digo isso em termos ideológicos A ou B. Será que queremos um país constantemente dividido por ofensas? As eleições acabaram e ainda estamos em um ambiente de rivalidade. Divergir é natural, mas precisamos buscar a paz e deixar de lado as disputas eleitorais até o próximo pleito — declarou.
O discurso provocou reações no plenário, com senadores como Cristiano Girão (Novo-CE) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestando:
- Cristiano Girão enfatizou: “A paz requer ações. Temos um colega usando tornozeleira eletrônica e impossibilitado de exercer seu mandato porque o Senado não tomou uma posição. O senhor é o presidente da Casa e deve atender à vontade da maioria que quer o impeachment pautado.”
- Flávio Bolsonaro pediu anistia para os condenados nos eventos do dia 8 de janeiro, afirmando que não há caminho para a paz sem essa medida.

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