EUA vão cobrar 15% de tarifa sobre carros europeus

Os carros e medicamentos vindos da Europa terão que pagar uma tarifa de 15% quando entrarem nos Estados Unidos, conforme anunciado em comunicado conjunto da União Europeia e do governo Trump nesta quinta-feira (21). No entanto, essa tarifa mais baixa não será aplicada a vinhos e bebidas alcoólicas.

“Infelizmente, este setor não pôde ser incluído nas reduções”, afirmou Maros Sefcovic, comissário europeu, durante uma coletiva de imprensa onde detalhou o acordo comercial firmado entre a UE e a administração Trump no final de julho.

Ele destacou que as negociações continuam em aberto e que “essas portas não estão fechadas para sempre”.

O pedido para uma diminuição da tarifa sobre vinhos e bebidas alcoólicas foi fortemente defendido por países como França e Itália.

Após meses de negociações intensas, Bruxelas e Washington fecharam um acordo comercial no final de julho que prevê tarifas de 15% para produtos europeus exportados para os EUA.

Esse percentual é significativamente maior que o praticado antes da volta de Donald Trump ao poder, que era de cerca de 4,8%, mas ainda fica abaixo da ameaça inicial do presidente americano em impor tarifas maiores ao continente europeu no caso de ausência de acordo.

Sobre o início da cobrança dessas tarifas de 15% para veículos, comparado aos atuais 27,5%, Sefcovic se mostrou confiável de que elas começarão a valer retroativamente desde 1º de agosto, afirmando ter recebido essa garantia dos americanos.

O texto do acordo indica que a tarifa começará a valer assim que a UE aprovar uma legislação para reduzir suas próprias tarifas. “Estamos empenhados em iniciar esse processo legislativo o quanto antes”, afirmou Sefcovic.

Em mensagem curta postada no X, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou a definição de um texto que traz “previsibilidade para nossas empresas e consumidores”.

Além das tarifas aplicadas aos produtos europeus, a União Europeia comprometeu-se a investir 750 bilhões de dólares (aproximadamente 4,10 trilhões de reais) em energia, mais 600 bilhões de dólares (cerca de 3,28 trilhões de reais) adicionais nos Estados Unidos.