Economia
Dólar sobe com a alta global e atenção ao favoritismo de Lula em 2026

O dólar opera em alta frente ao real na manhã desta quinta-feira, 21, impulsionando os juros futuros e a valorização dos rendimentos dos Treasuries, após recuo das taxas nos últimos dois dias.
Os investidores reavaliam suas posições com foco no aumento do suporte ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme pesquisa Genial/Quaest para as eleições de 2026, além da elevação do índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras seis moedas principais, depois do anúncio de um acordo comercial entre os EUA e a União Europeia.
Entre os indicadores de atenção estão os dados preliminares da atividade econômica dos EUA (PMIs) e o Simpósio de Jackson Hole, iniciado hoje, com maior expectativa para o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta sexta-feira, 22, sobre os rumos da política monetária.
Hoje, os EUA e a UE divulgaram a estrutura de um novo acordo comercial e tarifário. Conforme o acordo, a UE eliminará tarifas sobre todos os produtos industriais dos EUA e concederá acesso preferencial a vários itens agrícolas e frutos do mar americanos. Em contrapartida, os EUA manterão um teto tarifário de 15% para a maioria dos produtos europeus, incluindo automóveis e autopeças.
O presidente do Federal Reserve em Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que a política monetária permanece moderadamente restritiva e adequada, e avaliou que ainda há possibilidade de cortes nas taxas de juros ainda este ano.
Jeff Schmid, chefe do Fed de Kansas City, reforçou que a postura de política monetária dos EUA deve continuar sendo de moderação, considerando as medidas atuais apropriadas. Em entrevista à Bloomberg TV nesta quinta-feira, Schmid comentou que os riscos de inflação são ligeiramente maiores comparados aos riscos para o mercado de trabalho, refletindo a última ata do Fed divulgada na quarta-feira, 20.

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