Economia
Isenção da cesta básica e corte da Selic podem aliviar tarifaço

Márcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), destacou que ações como antecipar a isenção de impostos sobre produtos da cesta básica e reduzir a taxa Selic seriam fundamentais para amenizar os efeitos do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos.
Ele explicou que a taxa de juros alta eleva os custos internos e a inflação, enquanto a desoneração de alimentos poderia estimular o consumo no mercado nacional.
Márcio Milan também recordou que o Brasil já adotou políticas para fomentar o consumo interno diante de restrições externas, como o embargo da Rússia à carne suína, há cerca de vinte anos, que impulsionou a demanda do produto no país.
“Quando o setor e o governo se unem para incentivar o consumo interno, é possível superar essas barreiras”, afirmou.
Embora haja debate sobre o impacto do aumento tarifário de Trump, o executivo disse que ainda não há um receio generalizado entre os supermercadistas, mas existe preocupação quanto ao possível reflexo sobre o emprego no setor produtivo. “Até o momento, não observamos reflexos nos preços ao consumidor. É um momento de observação e cautela”, completou Márcio Milan.
Para o segundo semestre, Márcio Milan destacou que o consumo será sustentado por datas importantes, como o Dia das Crianças, Black Friday e festas de final de ano, além do prosseguimento dos pagamentos de restituições de Imposto de Renda, repasses do Bolsa Família e PIS/Pasep.

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