Economia
Petróleo sobe com demanda firme e atenção à Rússia e Ucrânia

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 21, impulsionados pela significativa redução dos estoques da commodity nos Estados Unidos na semana anterior, divulgada na quarta-feira pelo Departamento de Energia (DoE), o que indica uma demanda consistente pelo óleo.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro encerrou o dia com alta de 1,29% (US$ 0,81), cotado a US$ 63,52 o barril. Já o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,24% (US$ 0,83), chegando a US$ 67,67 o barril. Durante as negociações, o Brent para novembro, que teve maior liquidez no dia, fechou em alta de 1,22% (US$ 0,81), a US$ 67,12 o barril.
Os números dos estoques americanos refletem uma demanda relativamente forte por petróleo, mas fatores geopolíticos e comerciais mantêm os investidores cautelosos, segundo Rania Gule, da XS.com. “Qualquer aumento nos preços tende a ser limitado e temporário, visto que o mercado encara um risco de excesso de oferta no médio prazo, fazendo com que a sustentação de preços no longo prazo dependa de maior consumo global ou menor produção”, explica.
Embora a diminuição dos estoques tenha melhorado as perspectivas imediatas para a commodity, o sentimento geral do mercado permanece negativo, conforme análise do ANZ Research. Os investidores acompanham de perto as negociações para finalizar o conflito entre Rússia e Ucrânia, considerando a possibilidade de que um acordo de paz possa aliviar as restrições sobre o petróleo russo, observa o banco.
Além disso, o sentimento pessimista é acentuado pelo rápido fim dos cortes voluntários na produção da Opep+, que totalizam 2,2 milhões de barris por dia, de acordo com analistas.
Na semana anterior, os estoques de petróleo bruto nos EUA caíram 6,014 milhões de barris, muito acima da queda prevista de 1,5 milhão. Esse movimento foi reflexo da redução nas importações combinada com o aumento das exportações, segundo dados divulgados na quarta pelo Departamento de Energia (DoE).

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