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Bolsonaro escreveu nome de Milei errado em pedido de asilo

A minuta do pedido de asilo político na Argentina encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou atenção por um erro no nome do presidente argentino, Javier Milei. O documento anexado pela PF no relatório final da investigação contra o ex-presidente e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresenta o nome de Milei escrito incorretamente como “Miliei”.
Para os investigadores, este documento sugere que Bolsonaro planejava fugir para o país vizinho. O material foi criado após a operação da Polícia Federal que apura um plano de golpe dos aliados do ex-presidente, que resultou em ação penal onde ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a Polícia Federal, “os elementos informativos indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro possuía documento que permitiria sua saída do Brasil em direção à Argentina, especialmente depois do início da investigação pela PF que identificou evidências quanto aos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito por organização criminosa”.
O arquivo foi editado pela última vez em fevereiro de 2024. No documento, dirigido ao presidente argentino, Javier Milei, Bolsonaro afirma ser um “perseguido por motivos políticos e delitos relacionados”.
O conteúdo de 33 páginas estava associado a Fernanda Bolsonaro, esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Advogado de Bolsonaro nega plano de fuga
O advogado e ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que o ex-presidente “não pensou em deixar o Brasil” e negou qualquer plano de fuga para a Argentina.
Ele declarou que Jair Bolsonaro nunca considerou sair do país. Conforme o próprio ex-presidente já disse, seu telefone e o de seu ajudante de ordens eram espaços para mensagens sem opinião ou julgamento. Wajngarten classificou as informações como vazamentos mal intencionados para criar divisão e constrangimento.
Em conversa com a imprensa, ele disse que no final de janeiro de 2024, Bolsonaro estava em sua residência em Angra dos Reis (RJ), quando surgiram rumores de prisão pela Polícia Federal, que realizou operação para apreender celulares do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, em uma investigação sobre desvios na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Diante disso, Wajngarten acredita que alguém pode ter sugerido a ideia de asilo político na Argentina, mas que isso nunca foi levado como uma possibilidade real por Bolsonaro.
Ele afirmou: “Nunca ouvi falar de fugir para qualquer lugar. Nem Israel, nem Argentina. Os celulares dele e de seu ajudante eram locais onde muitas ideias surgiam e desapareciam sem avaliação ou julgamento”.

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